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terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Esconso Trauma de um Sujeito Ex-Franzino

Aquele dia tinha sido um saco. Tudo tinha dado errado. Ao chegar do trabalho, ele jogou seu paletó no sofá e para relaxar, tomou uma dose de Johnie Walker. A garrafa já estava pela metade. Todo dia era assim. Chegava do emprego estressado e tomava sua dose diária. Sentado no sofá olhava para os retratos da mesinha de centro. Dois desquites, três filhos, um do primeiro casamento e um casal do segundo. Sua vida parecia não ter dado certo. Suas ex-mulheres sempre o colocavam em situação de cheque-mate. Pois também, não era por menos. Sua mania viciosa de freqüentar o Clube Honduras Quartzo, deixava suas ex-esposas preocupadas e aborrecidas. As desculpas eram sempre as mesmas. Um joguinho de futebol. Depois uma sauna pra relaxar. Um mergulho na piscina. Um joguinho de bocha. Uma partida de Pôquer, etc.
Bastava. Nenhuma delas agüentou a rotineira ausência deste homem. Já beirando aos cinqüenta anos de idade, o que ele mais sabia fazer resumia-se em: trabalhar, tomar uísque, freqüentar bailes noturnos no Clube Honduras Quartzo, e, de vez em quando fazer um “Cooper” no Clube de Campo de Epaminondas, aliás, a única fonte de energia saudável, pois já estava fazendo efeito correr três quilômetros diários na pista, deixando o seu corpo mais leve, e ele tinha a impressão de estar ficando mais vigoroso e mais jovem.
Pegou um álbum de fotografias na estante, e após mais uma dose de uísque começou a recordar do passado vivido com suas ex-mulheres e namoradas da adolescência. Tinha cada mulher bonita. Janete era uma beldade de mulher. Sua primeira namorada. Curvas estonteantes para uma garota de dezesseis anos e ele com dezenove, era tudo o que um casal de namorados deveriam ter para combinar tanto assim, um com o outro. Depois veio a Gorete. Esta era impulsiva, mas muito generosa. Só que feia. Passou outra página e recordou da Margareth. Esta era impetuosa e insaciável. Ele lembrou-se que não conseguiu “dar conta do recado” e resolveu interromper o namoro. Viu várias outras, e recordou de cada uma delas, até chegar na página das fotos de suas ex-mulheres. Mas foi saudável recordá-las, pois em alguns instantes ele conseguiu espairecer aquela tensão da rotina do dia a dia.
De repente o seu celular toca. Um número estranho e desconhecido aparece no display. Uma voz suave do outro lado da linha diz num tom angelical: “Alô”!
Ele assusta-se instantaneamente, pois não esperava uma ligação daquele tipo, mas foi logo se empolgando. Tentou prender a conversa. Ela perguntava se ele sabia quem estava falando. Ele tentou esforçar-se, mas não tinha a menor idéia com quem estava conversando. Ela foi dando algumas pistas, mas ele não conseguia descobrir quem era. Até que ela insistiu em revelar-se dizendo, se por acaso ele não se lembrava daquela noite numa festa, em que ele ficou com um “bafo de coxinha”. Um calafrio subiu na espinha do sujeito.
“Era ela!” - Ele pensou. – “Mas como conseguiu me localizar depois de ter passado mais de vinte e sete anos atrás?”.
Ela disse que por intermédio de um velho amigo chamado Maurício, estava a sua procura, e que demorou exatos catorze anos para localizá-lo, na esperança de poder encontrá-lo um dia. Ela sentia muita saudade e queria vê-lo de qualquer jeito.
Ele nem podia acreditar. Com praticamente mais da metade da vida vivida, ainda tinha pretendentes para poder encontrar-se, e se o papo fosse rentável, quem sabe poderia até “rolar” um relacionamento futuro. Ela disse que era divorciada e estava sozinha e que ainda havia perdido a guarda dos dois filhos para o pai das crianças. Ela tinha quarenta e dois anos. Na conversa pelo telefone descreveu um breve relato do seu passado, dizendo o que fazia atualmente, lugares onde costumava freqüentar, em qual atividade trabalhava, descreveu sua forma física, passatempos, interesses, hobbies, etc.
O homem começou a ficar num estado de euforia, pois sem perder mais tempo, pediu um tempinho, para ir correndo pegar uma caneta para anotar os telefones dela. Anotou o número do seu celular, pediu o número do seu emprego, da sua casa, do ex-marido, do vizinho, dos amigos mais próximos, e até dos futuros pretendentes. Ela percebeu o estado de euforia e sugeriu para ele acalmar-se, pois estava livre e desimpedida podendo dispor de todo o tempo necessário somente para ele. Ela estava realmente afim de vê-lo, conversar, dançar, abraçá-lo, tocar o seu corpo e o que mais acontecesse, pois na época de adolescência, eles foram namorados por mais de três anos, e ela estava interessada em retomar este namoro caso fosse possível acontecer.
A foto dela não estava no álbum, que a poucos instantes acabara de ver. Era a única foto que faltava ali. A Priscila. Como ele não teve a idéia de guardar justo, a foto desta mulher, em que teve um caso de amor, que ele diria até “platônico” no início, mas depois, virou uma paixão intensa?!
No dia seguinte ele acordou quarenta minutos mais cedo e, bem mais disposto. Fez a barba rapidamente e sem se cortar foi direto para o chuveiro. Tomou aquela ducha pensando no encontro previsto para a noite. Com todos os telefones anotados, tomou rapidamente o seu café da manhã e foi para o escritório. Pegou o seu carro novo de marca francesa que acabara de arrematar num consórcio e, ao som do Eduardo Dusek, imaginava estar escutando músicas do Elton John. Em seguida, após perceber que, ao parar nos semáforos, fazia um papel ridículo escutando aquela música, trocou o CD e passou a escutar a música “Souvenirs Souvenirs” de “Marina Vlady”.
Chegou ao trabalho como nunca antes visto. Alegre, disposto a colocar tudo em ordem. Cumprimentava todos com tamanha educação. Uma cena rara de se ver. Alguns colegas de outros departamentos comentaram que ele estava completamente anormal. Um deles disse: “Acho que ele deve ter tomado Uísque com algum comprimido esquisito!”.
Ele não era assim. Mas aquela noite seria feliz, pois na primeira tentativa de falar com Priscila já conseguiu confirmar um encontro para um baile noturno no Clube Honduras Quartzo, no que prontamente ela aceitou. Combinaram o horário e iriam se ver às 20:30 horas em ponto.
Ao entardecer recebeu outra ligação inesperada. Desta vez ele sabia quem era. O Maurício. Ele dizia que estaria no clube também, pois fez questão de que aquele encontro acontecesse, dizendo que foi ele quem havia planejado tudo.
Aquele homem estava feliz; pois, depois de um longo tempo de solidão, finalmente havia marcado um encontro para modificar a rotina do presente, lembrar das boas recordações do passado com a Priscila e quem sabe planejar um futuro entre eles.
Saiu meia hora mais cedo do serviço. Foi pra casa, tomar rapidamente outro banho. Ficou uns vinte minutos entre troca de paletós e ternos para ver qual roupa combinava com qual camisa e sapato junto com diversas gravatas, que o deixou confuso por alguns minutos.
Tomou um “banho” de perfume, entre, talcos, colônias e brilhantina. Fez um gargarejo com uma solução de menta, para dar a impressão de ser um homem bem cuidado. Pretendia ser o destaque daquele encontro e figura marcante no clube. Um colunável ou uma celebridade.
Logo que chegou ao clube, ficou de olho em duas coisas. No garçom que passava toda hora com uma bandeja de salgadinhos e também com o olhar atento para avistar a sua musa do Futuro do Pretérito. Pegou um salgadinho e ficou comendo, enquanto aguardava. O garçom sem querer pisou no seu pé, que se segurou para fingir que não foi nada, desculpando o garçom. Avistou primeiramente o Maurício, e se aproximaram para um amigável abraço. Eles também não se viam há algum tempo. Maurício disse para ele que ela estava pra chegar trajando um belo vestido vermelho, salto alto e uma discreta bolsa a tiracolo.
Quando ela surgiu ele gelou. Uma deslumbrante mulher aproximavou-se. Cabelos loiros, bela maquiagem, corpo conservado, com as medidas exatas, que nem parecia que o tempo tinha passado. Ele transpirando um pouco na testa, ficou meio sem jeito. Cumprimentou-a com um delicado beijo na testa, enquanto Maurício, ao perceber que o “clima” estava arranjado, foi dar uma volta para deixá-los a sós. Conversaram durante um bom tempo, recordando das lembranças. De vez em quando ela ria de algo que ele falava. Mas o clima estava bom. Seus olhares eram fixos. A impressão que dava é de que aquele encontro estava selando algo que ficou esquecido e escondido no passado. Olhares de ternura por parte daquele homem disparavam sobre o rosto feminino e atraente de Priscila.
Arranjaram uma mesa para continuar o papo. Estava esquentando o clima. Já havia passado a tensão inicial, por parte dos dois quando ele sugeriu que ela bebesse alguma coisa. Ela disse que tomaria o mesmo que ele. Ele pediu duas doses de Black Label. O papo foi estendendo-se e as doses de uísque aumentando gradativamente sem que ambos percebessem. Ele já havia afrouxado a gravata. Ela bem à vontade, já ria com mais descontração. Faltava pouco para aquela noite estender-se para a beira da estrada.
Ela interrompeu a conversa num dado momento, avisando que precisava ir ao banheiro. Ele calmamente levantou-se e puxou a cadeira para que ela levantasse, num digno gesto de cavalheirismo. Que noite! – pensava ele.
Passado cinco minutos ele ficou pensando no futuro. Ela continuava linda, jovem, atraente. Ele pensou: “Será que ela pode ainda ter filhos?”. São as ilusões que fazem as pessoas pensarem por si próprias, às vezes sem consultar os outros, mas estes são os mistérios alheios na vida dos seres humanos. No relógio faltavam dois minutos para completar quase vinte minutos que ela tinha ido ao banheiro, sem ainda retornar. Ele começou a ficar preocupado, mas aguardou com paciência por mais alguns minutos. Passou mais dez minutos e nada. Ele já preocupado, solicitou outro uísque ao garçom e levantou-se e foi dar uma volta no salão para procurá-la. Tinha muita gente dançando e com pouca iluminação não dava pra enxergar as pessoas direito. Esbarrou em várias pessoas e sem querer derrubou metade do seu copo de uísque em um sujeito. Quase saiu confusão, mas como o outro sujeito estava mais bêbado, foi possível contornar a situação. Depois de mais uma volta pelo salão, conseguiu encontrar o Maurício. Comentou que ela havia “sumido” a mais de vinte minutos, quando o seu amigo teve que contar o que estava acontecendo. Maurício pegou o homem pelo braço e levou-o até o local onde se encontrava Priscila, para que ele visse com os seus próprios olhos.
Ela dançava bêbada e freneticamente uma música que tocava em ritmo de discoteca. Algo parecido com uma dança do tipo “Gengis Khan”.
Maurício chamou o homem no canto e disse:

-Preciso te dizer sinceramente. Mas foi ela quem me disse.
- Ela te achou gordo!

Era tudo o que ele não queria ouvir. Ficou cabisbaixo. Entristeceu-se. Somente por alguns instantes. Pegou mais uma dose de uísque e saiu do clube sem antes de xingar aquela loira de biscate, dizendo que foi uma "gambiarra" do incompetente do cirurgião plástico que fez uma recauchutagem quando ela estava com o corpo todo gordo e caído. Saiu daquela merda de clube, xingando os franceses que fabricaram aquele lixo de automóvel, e ainda sem que o seu amigo tivesse culpa, desejou uma praga a qualquer energúmeno que tentasse seduzir aquela vaca.
Chegando em casa comeu um pote inteiro de sorvete napolitano, quebrou o despertador e foi dormir, desejando que se lixasse aquele lixo de pista de “Cooper” do Clube de Campo de Epaminondas ...

sábado, 8 de novembro de 2008

Amizade e Lembranças

OBS: Texto de autoria desconhecida, porém compatível com o perfil do meu Blog.

Lembrar de você me faz sentir melhor.
Quanto mais o tempo passa lembro-me dos bons momentos que passamos, e como juntos nos alegramos. Lembrar dessas coisas é o que o coração faz de melhor.
Pois esta vida agitada que levamos parece nos dominar com as coisas que buscamos.
Quando penso em você abro o coração com um sorriso. Sempre que precisei, você estava me amparando nos momentos mais difíceis.
Quando nos encontramos, juntos nos alegramos, relembrando dos momentos felizes que passamos. Desejo-lhe o melhor que a vida possa oferecer.
Pois, ninguém merece tanto quanto você.

domingo, 2 de novembro de 2008

Colinha na Faculdade

Quem pensa que ao utilizar uma “colinha” na Faculdade, achando que está facilitando sua vida para passar de ano está equivocado. A partir deste exato momento as coisas começam a dar errado.
A cola (de sapateiro) é um entorpecente que muitos adolescentes experimentam para ter a ilusão de estar meio “Vampiro Doidão”. Desta fracassada experiência, o problema começa a se estender para outras drogas, como por exemplo: cigarros, bebidas alcoólicas, maconha, cocaína, heroína, crack, etc.
...
Não pensem que eu estou escrevendo isto num tom de brincadeira, porque agora eu estou alertando sobre um assunto sério. As drogas acabam com a vida do ser humano e a salvação é difícil ou às vezes impossível de alcançar a recuperação. As drogas levam anualmente, dezenas ou centenas de milhares de pessoas do mundo todo à morte, devido ao seu uso proibido e indevido, que oferece graves conseqüencias nas vidas sociais dos que estão próximos a dos viciados: Parentes, amigos, vizinhos ou desconhecidos. E ninguém deve desperdiçar a única vida que lhe pertence. Ela (a droga) vai sim; transformar a sua “Faculdade Mental” em um organismo podre, sem que o usuário perceba esta deterioração lenta e gradual. A cracolândia é a maior universidade para formar indivíduos desta amarga estatística. Pensando nisso eu decidi publicar logo abaixo uma “paródia” que eu escrevi.

25/09/2007 – (Terça-Feira) - 08:00 Horas
Gênero: Pop – Versão: Tribalistas

Título - Over Dose

Parei de fumar
Parei com a heroína
Agora só me resta engordar
......
Não bebo Whisk
Não sei porque este crack agora, me deixou infeliz.
......
Não tenho paciência pra beber, senão
Limpei de novo o que eu vomitei no chão.
......
Eu não estou bem
Eu vivo todo imundo e todo mundo me quer bem
......
Eu não estou bem
Eu moro neste mundo, e eu não vou morrer também.
...........
Parei de cheirar
Parei com a marola
E agora só me falta jantar
......
Não bebo Whisk
Sarou minha ferida ontem, dentro do meu nariz.
......
Não tenho paciência pra beber, senão
Limpei de novo o que eu vomitei no chão.
......
Eu não estou bem
Eu vivo todo imundo e todo mundo me quer bem
......
Eu não estou bem
Eu moro neste mundo, e eu não vou morrer também.
......
To me perdendo e não como ninguém
To me perdendo, Não se Deus quiser
To me perdendo, e eu não quero
To me querendo como se quer.
......
To me perdendo e não como ninguém
To me perdendo, Não se Deus quiser
To me perdendo, e eu não quero
To me querendo como se quer.
...................................
E Tem mais dois recados:
1- Copiem e colem esta "música" no Word, imprimam e vão cantar nos karaokês por aí.
2- E; quem não quiser seguir este meu conselho irá morrer como uma Bandeira de Pirata.

sábado, 1 de novembro de 2008

Resenha Para Um Público Não Infantil

A vigésima raposa que conseguiu sobreviver por mais de um século, me contou que; estando vivendo a mais de 2000 d.C., nos deparamos com um mundo de transformações em que os bichos estão desprezando a atual modernidade. As antigas civilizações primitivas, em cerca de 40.000 a.C. possuíam diferentes costumes e tradições. Se formos pesquisar a era desde as antigas civilizações, como: na Pré-História, Era Mesopotâmica, Egípcia, Época das artes Gregas e Romanas, Orientais, Africanas, o período Pré-Colombiano e Oceânico, as Artes Bárbaras, Bizantinas e Islâmicas, Períodos das artes Românticas e Góticas, O Período do Renascentismo, do Maneirismo, Estilo Barroco, Rococó, o Período Neoclássico, O Modernismo, O Impressionismo, O Expressionismo, O Cubismo, O Futurismo, O Dadaísmo, O Surrealismo, A Arte Abstrata até chegarmos à Era Pop.
Daí sim; compreenderemos que estamos em pleno século XXI vivendo a era da Globalização.
O que é necessário observar é que, o longínquo passado citado está sendo redesenhado de forma atualizada apenas com algumas adaptações. Não é de se espantar quando se fala em crise mundial e política, desequilíbrio social e internacional, queda nas bolsas, catástrofes, acidentes ecológicos, etc. O único animal que teve o sério interesse em observar o problema da humanidade e propôs-se a ajudar enfrentando diversas situações de perigo e risco foi extinto a mais de 10000 a.C. e não teve a chance de pronunciar-se perante a atual humanidade deixando apenas algumas mensagens para o público infantil que se diverte com esta linda e magnífica produção cinematográfica lançada a dois ou três anos atrás. O filme nos ensina que a única lição que o autor e escritor do filme nos pretendiam transmitir é de que esta humanidade está precisando tomar um banho de água fria.

E olha que faz tempo.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Em Caso de Emergência, Não Aperte Qualquer Botão - Parte I

1ª Parte
“OBS: Este estória ocorrerá em março de 2015. Caso aconteça algo parecido, deverá ser uma mera coincidência, e se porventura isso possa ter acontecido no passado, eu não tive o menor conhecimento”.

Um rapaz alto, de 1,98m chega à entrada de um luxuoso edifício acompanhado de seus dois seguranças. Ao entrar anuncia ao porteiro do prédio.

- Bom dia! Eu preciso falar com o Sr. Wallace.

O porteiro recepcionista pergunta:

- Não será possível. O senhor tem hora marcada? Ele só atende alguém se tiver sido previamente agendado.

O rapaz, muda sua expressão de tranqüilidade, retira do bolso do paletó seu celular e faz uma ligação.

- Alo? Sr. Wallace! Sou eu, o Carlos, estou aqui na portaria e o homem da recepção disse que eu não posso entrar!

Segundos após, toca o interfone. O recepcionista atende já recebendo uma senhora bronca.

- Severino! Quando este cavalheiro, o Sr. Carlos Dionísio Fidúcio, comparecer aí você mande-o subir imediatamente. Está entendido?

Antes do porteiro dizer “Sim, senhor!”, o interfone foi desligado.

Severino, meio que desanimado, disse aos três, que por normas de segurança do edifício, iria apenas entregar o crachá de visitantes, sem a necessidade de preencher o banco de dados de identificação dos visitantes. Cada um pegou o seu e foram em direção ao elevador para ir ao escritório do Sr. Wallace, localizado no 17º Andar.

Carlos e seus dois seguranças, ao entrarem no elevador viram uma elegantíssima mulher ascensorista de aproximadamente 25 anos, loira, bem trajada, usando um terno feminino e com uma saia que estava acima dos joelhos, mostrando aquelas belas pernas. Educadamente ela perguntou em qual andar eles pretendiam ir. Um dos seguranças disse. Ela observou os três que também se trajavam elegantemente, com seus ternos de tom azul marinho, camisa branca de gola e punho bem engomada e gravatas vermelhas “tipo” italiana. Porém a mulher não entendeu porque o líder entre os três estava acompanhado de dois caras baixinhos. E realmente os seguranças do Carlos, eram pequenos demais para protegerem aquele homem. Um tinha no máximo 1,67m e o outro uns 02 centímetros, a menos.

Passado alguns instantes, no saguão do edifício vieram dois entregadores de gás. Como era rotina essa entrega, sendo sempre três vezes por semana, Severino que já estava acostumado chamou um dos seguranças do prédio e entregou a chave do portão da entrada lateral de serviços para os rapazes levarem os botijões de gás até a cozinha do edifício.

Severino pensou:

“Esses são legais, por que aqui no prédio o que não falta é “Doutor””.

Ao chegarem ao andar, agradeceram àquela linda loira. Um dos seguranças, sem que o Carlos percebesse, perguntou o seu nome e telefone. Ela disse bem baixinho e ele tentou memorizar de cabeça para não se esquecer de anotar na agenda do seu celular.

Ao tocar a campainha da sala nº 171, o Sr. Wallace os recebeu com alegria.

- Meu caro Carlos! É um prazer e uma honra recebê-lo aqui em meu escritório.

- O prazer é todo meu, Doutor! – respondeu Carlos.

- Deixe-me apresentar meus seguranças. Este aqui é o Tadeu e este outro rapaz é o Ricardo.

O Sr. Wallace, afetuosamente retribui seus cumprimentos.

- Muito prazer rapazes, eu sou o Dr. Wallace Wesley Willian, entrem, por favor.

Os três entraram e foram conhecer o escritório e ficaram admirados com as luxuosas instalações em que aquele escritório foi detalhadamente planejado. Era o único escritório construído, existente exclusivamente naquele andar.

Após as formalidades convencionais entre o oferecimento de água, café e chá aos três, servido pela sua secretária ainda mais gostosa, linda e elegante do que a ascensorista, o Dr. Wallace chamou os seguranças e disse para ficarem à vontade na sala ao lado. Como o projeto era altamente secreto o interesse estava restrito somente aos dois sócios.

Os rapazes foram para a outra sala que tinha de tudo: Um conjunto de sofás importados, tapetes felpudos de 04 ou mais centímetros, armários de mogno escuros embutidos, monitores de LCD, fixos à parede, DVD, Internet altamente veloz, belas pinturas emoldurados em quadros de madeira nobre, e centenas de revistas entre os mais variados tipos de publicações e assuntos, além de vários jornais de praticamente todo o mercado nacional. No banheiro que praticamente parecia um ambiente de motel, tinha de tudo: Banheira de hidromassagem, uma pequena sauna, torneiras folheadas a ouro, um gigante e cristalino espelho, etc. Só faltou ter ali uma cama redonda.

Os seguranças mal podiam acreditar que poderiam fazer o que quiser, pois com tantos atrativos que àquela sala dispunha, depois de um determinado de tempo, eles relaxaram tanto que até esqueceram-se de que eram seguranças.

Dr. Wallace, sempre num estilo de nobreza e discrição disse ao Sr. Carlos.

- Por que você contratou estes dois seguranças? Eles nem têm o porte físico para este ofício?

Carlos respondeu:

- Isso faz parte de uma estratégia. Contratei-os e encaminhei-os para fazerem cursos altamente sofisticados em toda a Europa, nos Estados Unidos e também cursos de aperfeiçoamento na Rússia. Quem os vê nem imagina que são seguranças, mas são altamente treinados. Só para o senhor ter uma idéia, eu pago do meu bolso semestralmente mais de três mil e quinhentos dólares para eles fazerem um curso de reciclagem e para aprenderem novas técnicas de defesa, não importando se há necessidade de utilizar a máxima tecnologia existente no mundo.

Dr. Wallace ainda indagou:

- Perfeito! Mas qual razão deles possuírem essa estatura baixa?

- Para não levantar suspeitas. Isso faz parte do nosso trabalho. Ninguém vai desconfiar que eles sejam seguranças e bem preparados. Já não está mais na moda contratarmos seguranças do meu tamanho. Isso já está manjado. No máximo, quando eles recebem uma missão designada por mim, as pessoas confundem, pensando que são estagiários de faculdades baratas.

Rindo, Dr. Wallace fez a sua própria piadinha...

- Também, quem sou eu pra falar? Tenho 1,59m, gordo, barrigudo, barbudo, uso óculos, calvo, com este resto de cabelos brancos, mais de 60 anos e ainda tenho que usar estes suspensórios senão, minha calça cai!

Carlos tentou disfarçar, mas não foi possível. Deu uma pequena risada, devido à aparência que o Dr. Wallace possuía.

- Muito bem, garoto! Mas vamos ao que interessa você trouxe o meu projeto?

- Claro doutor!

Instantes após, Carlos já havia ligado o seu Notebook ao projetor para demonstrar a apresentação do negócio que eles estavam envolvidos como sócios.

Carlos disse:

- No prazo máximo de dois meses estaremos implantando no mercado internacional a tão sonhada marca do nosso produto.

Dr. Wallace, ficando afoito, não via a hora de ver a apresentação que Carlos iria demonstrar no telão da parede do seu escritório, situado a direita da entrada principal do seu escritório.

Quando todos os equipamentos já estavam ligados apareceu no telão a tão esperada imagem.

Carlos teve um calafrio, e disse:

- Desculpe-me doutor, mas não é essa imagem!

- Estou vendo! Ela está horrível e não dá pra entender nada do que combinamos. Quem fez isso no projeto?

Carlos engoliu “a seco” e disse:

- Foi o estagiário. O Valdisney.

- Demita-o imediatamente!

- Sim senhor, perdoe-me pelo engano. Ligou instantaneamente para o Tadeu, que era o mais alto dizendo:

- Ligue para a Rose e diga que o Valdisney está demitido!

- Sim, senhor!

Em Caso de Emergência, Não Aperte Qualquer Botão - Parte II

2ª Parte

-Pronto, doutor, me desculpe... Achei a imagem que eu pretendia mostrar ao senhor. Aqui está representado o sucesso e a expansão dos negócios do nosso futuro.

- Agora sim! Muito bem! Meus parabéns! Mas você tem que me explicar todos estes pontos aí marcados no mapa para poder esclarecer-me sobre o investimento que eu fiz. Afinal de contas eu já gastei mais de um bilhão de dólares e até agora o nosso projeto nem saiu do papel.

Carlos disse, seguramente e com firmeza:

- O senhor pode ter certeza! Quando alavancarmos os nossos negócios e expandirmos os nossos escritórios espalhados por todo o globo terrestre, recuperaremos no menor tempo possível todo o investimento até agora aplicado no projeto. E tem mais, o senhor pode ter certeza. As áreas que ainda estão em branco serão conquistadas com a marca do nosso produto.

Carlos abriu outra maleta que carregava consigo, “tipo 007”, e mostrou secretamente ao Dr. Wallace o protótipo do projeto. No mesmo instante Dr. Wallace quase “surtou”, dizendo:

- Magnífico! Esplêndido! Maravilhoso! Carlos, você é um gênio, nós vamos conseguir finalmente conquistar o mundo.

Aí virou uma festa. Abriram champagne francesa especialmente encomendada para esta ocasião, abraçaram-se, trocaram elogios, discutiram sobre estratégias de vendas, de marketing, expansão de escritórios, conquistas de mercados concorrentes. Falaram sobre o MERCOSUL, ALCA, Mercado comum Europeu, a conquista e expansão no continente Africano, os tigres asiáticos (de como iriam concorrer acirradamente com aquele continente), enfim, ambos estavam acabando de realizar um desejo de transformarem aquele empreendimento tão sonhado em realidade.

Carlos teve um longo e extenso trabalho para explicar no mapa o que cada cor representava, sempre apontando como seria adotada cada estratégia de vendas, e no que diferenciava cada cor existente. Dr. Wallace concordou com praticamente tudo, em estado de plena euforia e felicidade. Porém o protótipo secreto foi postecipado para pequenos ajustes, para o lançamento futuro do produto, sendo necessário outras reuniões e encontros nos dias que se seguiriam para finalmente poderem realizar o seu lançamento com total acabamento.

Já chegando perto da hora do almoço, Dr. Wallace interrompeu a conversa pegou o telefone e ligou para o administrativo situado no 5º andar:

- Vou mandar dois rapazes aí para almoçarem no restaurante. Com a minha ordem, dê a cada um deles um vale refeição daqueles especiais. Anote nas minhas despesas e os deixe à vontade.

Quem atendeu do outro lado da linha só cumpriu as ordens do poderoso chefão Dr. Wallace.

Os seguranças, cansados de assistir filmes em DVD, ler jornais, revistas e navegar na Internet, ficaram satisfeitos com as honrarias eu que aquele poderoso homem os tratava e após pegarem os vales refeição desceram pelas escadas, pois o restaurante ficava no 3º andar.

Porém antes; dentro do elevador o segurança mais baixinho ainda jogou um "xaveco" daqueles "baratos" na ascensorista e ela fez questão de confirmar um futuro compromisso em uma balada.

Em Caso de Emergência, Não Aperte Qualquer Botão - Parte III

3ª Parte

Os dois almoçavam tranqüilamente. O cardápio era farto. Digno de estadistas de primeiro mundo. Mas eles tiveram sorte e o privilégio de estarem trabalhando com o Dr. Carlos, afinal de contas, ele era um homem visionário, futurista e com a astúcia de um estrategista para negociações em multinacionais. Depois de alguns instantes, Tadeu ouviu uma manifestação que vinha em direção à entrada do edifício naquela avenida movimentada. Os manifestantes conseguiram bloquear o trânsito e com um barulho ensurdecedor que aumentava em efeito “Doper”, deixou todos que estavam almoçando preocupados. Ricardo imediatamente ligou de seu celular para o seu chefe, comunicando o estranho fato que estava ocorrendo lá na rua com a manifestação. Do alto do edifício, lá no 17º andar, mal dava pra ouvir o barulho, mas Carlos passou ordens para que fossem tomadas todas as providências para manter a segurança e a ordem, evidentemente dos próprios dois seguranças e principalmente do seu sócio Dr. Wallace Wesley Willian. Os seguranças terminaram “às pressas” o almoço e foram investigar para saber do que se tratava a tal manifestação.

Era um protesto do Sindicato das Costureiras que reclamavam por reajustes salariais e também sobre a desvalorização da mão de obra das costureiras, uma vez que a “Invasão dos Colombianos e Bolivianos” estavam cada vez mais produzindo manufaturas do setor têxtil e desvalorizando o trabalho das costureiras brasileiras.

Um dos seguranças avisou o Sr. Carlos, informando que a manifestação estava sob controle, pois a polícia estava conseguindo controlar a situação. Porém a cada minuto que passava chegavam mais manifestantes. Em pouco mais de meia hora já havia centenas de manifestantes junto à porta do edifício comercial que trabalhava o Dr. Wallace.

A multidão em estado de violação aos direitos alheios gritava sem parar, a assustadora frase de reivindicação:

- “Vâmo invadi!...” “Vamo invadi!...” “Vamo invadi!...” “Vamo invadi!...”.

Também, não era por menos. A sede do sindicato das costureiras situava-se no 4º andar do edifício, e a polícia teve que chamar reforços para conter o estado de euforia da multidão.

Os seguranças receberam ordens pelo celular para subirem ao escritório o mais rápido possível e não se envolverem com nenhuma pessoa desconhecida. Sejam os funcionários, ou seguranças do prédio, manobristas, o Severino. Principalmente com os líderes da manifestação, e evidentemente com a polícia.

Rapidamente eles entraram no elevador e foram para o 17º andar. Ainda deu tempo do “safado” do Ricardo mandar um Torpedo do seu celular para a ascensorista, já tentando marcar uma data para a futura balada. Ela recebeu instantaneamente e piscou para ele, num gesto de concordância, apenas dando a entender que confirmaria a hora exata e o local para o encontro.

Enquanto isso lá embaixo a situação continuava a intensificar-se cada vez mais, quando foi necessário chamar ainda mais reforços com a polícia de elite para conter a ação dos manifestantes. Todo o quarteirão ficou isolado. Mais de vinte viaturas já se encontravam no local, e os primeiros jornalistas começavam a chegar para obter informações para repassar para a redação de seus jornais, emissoras de rádio, de TV, de Webtv, de Iphonetv, etc...

Estava em implantação uma nova tecnologia ainda em fase experimental, cuja sigla é:
(ABST with cp/ct/cv+sphtv+Web2HD+e-mailC no Spam+TorpF+Bt+HighWire).

“Absorption of Vibration with Absorption of Point, or Absorption of Trepidation, with Smart Phone TV, with Web2HD, with emailC no Spam, with Free Torpedo, with Bluetooth and High Wireless”.

Tudo misturado ao mesmo tempo. (Traduzindo toda essa parafernália a sigla significa:)

“Absorção de Vibração, com Absorção de Ponto, ou Absorção de Trepidação + Web de Segunda Geração com Alta Definição + email Comercial sem Spam + Torpedo Livre + Bluetooth + Tudo com Conexão Totalmente sem Fio em Altíssima Velocidade”.

(Uma zona! Cá pra nós. Mas já se anunciava definitivamente o fim da Banda Larga).

Passado mais de meia hora, do alto do edifício os quatro cavalheiros acompanhavam assustados a manifestação lá na rua. Um dos seguranças acompanhava a transmissão em seu aparelho celular que já possuía essa tecnologia (ABST-with...), e num dado momento, monitorando tudo com a máxima atenção possível, Tadeu passou as informações do final da manifestação, informando que um dos líderes do movimento conseguiu negociar uma audiência marcada com o presidente do sindicato, dentro de alguns dias. Todo o pessoal dispersou e foram embora para a casa lentamente.

Durantes os próximos dias os encontros do Sr. Carlos e o Dr. Wallace tornaram freqüentes, pois o projeto prolongou-se entre várias reuniões para analisar cada detalhe das expansões dos negócios no lançamento do produto no mercado mundial.

Severino, sempre pela manhã, entregava os crachás aos três e dizia apenas: bom dia! Por necessidade e educação e também para cumprir as normas do edifício.

Dia sim, dia não, os rapazes que faziam a entrega dos botijões de gás eram recebidos pelo Severino com mais alegria e cordialidade. Eles se entendiam muito bem e já estavam acostumados com a rotina deste tipo de entrega. O carteiro também era amigo do Severino. Sempre no 3º andar, onde os entregadores de gás levavam os botijões realizavam a troca dos que já se encontravam vazios, facilitando o trabalho das cozinheiras. Oito eram substituídos e os outros oito ficavam num canto da cozinha. O fogão industrial de seis bocas consumia muito gás, o forno industrial, idem; e para fazer a refeição de quase 400 pessoas que trabalhavam naquele edifício, nove cozinheiras tinham muita prática em tudo para atender a demanda de refeições diárias pra as pessoas do edifício.

Só a energia elétrica que a cozinha consumia diariamente para alimentar os freezers, geladeiras, microondas, sanduicheiras e outros equipamentos era na faixa de 700 Watts/dias ou mais.

As cozinheiras trabalhavam em uma rotina estressante, mas gostavam do que faziam, pois tudo o que sobrava diariamente era dividido entre as elas e podia ser levado para casa.

Quando os entregadores de gás desceram após ter efetuado a troca dos botijões vazios, um deles perguntou para o Severino, porque o nome do prédio tinha o nome de: Edifício Engenheiro Doutor Charlie Norman Tibúrcio Wallace.

Severino explicou que este nome foi batizado em homenagem ao grande engenheiro que projetou todo o edifício. Desde a fundação até o acabamento final, incluindo o sofisticado sistema de segurança que o prédio possuía. Doutor Charlie havia morrido em 2006 num seqüestro relâmpago, levando cinco tiros à queima roupa, não resistindo aos ferimentos e tendo morte cerebral instantânea, sem ter tido tempo de ser socorrido e levado ao hospital. Ele era tio avô do Dr. Wallace Wesley Willian, praticamente o principal acionista do edifício.

Os rapazes satisfizeram sua curiosidade, pegaram o canhoto assinado da nota fiscal de entrega dos botijões, como era de costume e despediram-se do porteiro recepcionista.

No começo da próxima semana a audiência com o presidente do sindicato das costureiras havia sido marcada. Era uma terça-feira. O horário foi marcado para as 10:00 horas em ponto.

A comissão passou pela portaria representada por cinco membros. Após terem sido identificados por Severino, cadastrados e com os seus devidos crachás, todos foram autorizados para subirem ao 4º andar para tratar das negociações com o sindicato.

Apertaram o botão no térreo e aguardaram a chegada do elevador que estava no 16º ainda subindo. Após ter ido até ao último andar (20º) o elevador começou a descer. Demorou um pouco, pois ele parava praticamente em todos os andares recolhendo as pessoas. Enquanto isso um dos membros da comissão começou a observar o sistema de segurança que havia próximo à porta do elevador. Era um sistema de segurança denominado “High Stêncil” e era uma sofisticada tecnologia polonesa importada, que o Dr. Charlie havia implantado na construção do edifício. Era uma caixa com um encapsulamento blindado, com plásticos de polietileno fumês, onde possuíam apenas cinco botões. O Branco, o Azul, o Vermelho, o Preto e o Laranja. Todos os andares possuíam este sistema. E na extensão dos corredores de todos os andares possuía um conjunto de quatro equipamentos de segurança por andar. As caixas encapsuladas ficavam situadas uma em cada extremo dos corredores, outro próximo ao elevador e outro perto da saída de emergência de cada andar do edifício.

Cada botão tinha uma função específica. O botão branco, quando acionado cortava o sistema de ar condicionado do próprio andar caso ocorresse uma emergência. O botão vermelho disparava o alarme de incêndio, o botão laranja acionava um sinal para o elevador efetuar uma parada de emergência, no andar que estivesse mais próximo, o botão preto caso houvesse uma necessidade desligaria o circuito elétrico de seu andar específico para evitar algum risco de fagulha elétrica evitando algum risco no sistema de alimentação elétrica do seu respectivo andar.

Agora o botão azul era o mais perigoso. Na caixa encapsulada só era permitido acioná-lo próximo às escadas de saída de emergência de cada andar do edifício. Só poderia ser utilizado em último caso, pois ele provocaria uma pequena explosão na parede para poder dar acesso e abrir um buraco projetado para explodir junto à parede do tamanho suficiente para que um corpo humano por vez pudesse passar, caso houvesse dificuldade das pessoas poderem utilizar o acesso à saída de emergência de cada andar do prédio. Por medidas se seguranças rígidas imposta pelo projetista do edifício o único andar que não possuía o botão azul era o 3º andar.

Em Caso de Emergência, Não Aperte Qualquer Botão - Parte IV

4ª Parte

O sistema tinha sido projetado segundo o engenheiro fundador e projetista do edifício, como um sistema à prova de falhas, pois todas as câmeras de segurança e o sistema informatizado do edifício eram meticulosamente monitorados pelos seguranças altamente treinados que trabalhavam do prédio.

Ricardo e Tadeu, que possuíam treinamentos em alta tecnologia foram conversar com os seguranças do prédio, com autorização do Dr. Wallace, para se interarem sobre a tecnologia de segurança que o edifício possuía.

Trocaram, entre eles, várias idéias e conhecimentos sobre sistemas de informatização de seguranças de edifícios, aeroportos, rastreamento de espaço aéreo, níveis de sistemas operacionais complexos, etc. Até a conversa ir tornando-se “chata”. Mas na “Área de Especialistas” é assim: Cada um quer saber sempre mais do que o outro.

Passado mais alguns dias, logo pela manhã, Dr. Wallace juntamente com o Sr. Carlos finalmente chegaram à conclusão para iniciar a implantação do produto no mercado internacional. Todas as equipes externas já haviam sido contratadas, os escritórios correspondentes no exterior, já previamente montados, as fábricas já em fase de início de produção industrial. Só estaria faltando o licenciamento e registro do governo federal juntamente com os protocolos internacionais para serem assinados, viabilizando o todo o investimento bilionário na prática. O prazo máximo estipulado era de trinta dias. Dr. Wallace convidou Carlos e seus dois seguranças particulares para irem até o 20º andar, para conhecer o heliponto, que ele havia mandado construir para “agilizar” no deslocamento entre as filiais mais próximas do edifício em que trabalhava. Ele possuía um moderno helicóptero confortável para seis pessoas, e telefonou para o Comandante Arthur que o preparasse para um passeio, para apresentar as unidades de vendas mais próximas daquela região. Os cinco tripulantes a bordo voavam pela cidade com uma sensação de felicidade sobre o retorno que aquele produto de grande impacto causaria, perante o mercado global. As agências de propagandas e publicidades já estavam com as encomendas de anúncios lotadas para uma divulgação do lançamento mundial da campanha de vendas. Um grande sucesso para o mercado que aguardaria com muita expectativa a chegada deste produto nos grandes centros de distribuição, prateleiras de grandes hipermercados, centros atacadistas, farmácias e lojas de departamento.

Passados vários minutos de vôo com os tripulantes sentindo a plena convicção do futuro dos negócios, o Comandante recebeu um sinal pelo rádio que estaria impedido de voltar para a base do heliporto do edifício Engenheiro Doutor Charlie Norman Tibúrcio Wallace, pois os manifestantes do sindicato das costureiras voltaram à porta do edifício. O presidente do sindicato não havia cumprido o acordo de dias anteriores com os líderes da manifestação. E desta vez a “agitação” da manifestação estava muito mais intensa. Milhares de manifestantes estavam furiosos com a desonra do compromisso acordado, e estavam dispostos a invadir o 4º andar do edifício a fim de destruírem a sede do sindicato. O tumulto estava generalizado na porta do edifício. Muitos manifestantes atiravam pedras e pedaços de pau, porém, a polícia tentava controlar e conter o tumulto com seus escudos e armamentos específicos, sendo obrigados a revidarem soltando bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo nos manifestantes. A Cavalaria, a polícia do batalhão de choque, soldados militares e civis e praticamente toda a imprensa ocupavam todo aquele quarteirão, transformando num campo de batalhas numa verdadeira balbúrdia. O prédio foi cercado pela polícia impedindo a entrada dos manifestantes. Os seguranças internos com seus rádios comunicadores, a todo instante trocavam informações sobre o que ocorria em cada andar do edifício. Todas as pessoas que trabalhavam no edifício foram orientadas para desocuparem o prédio, tentando sair às pressas nos acessos das saídas de emergência de cada andar. Muitas pessoas estavam em estado de choque, outras gritavam, outras corriam, outras desmaiavam, sendo obrigadas a serem resgatadas por outras pessoas. Diversas outras ficaram feridas. Estava estabelecido um estado de pânico entre os andares e saídas de emergência do edifício. Em cada andar os sinais de emergência foram acionados e o alarme começou a ecoar em todo o edifício. O sistema de refrigeração e luz foram acionados, para evitarem riscos de incêndio. Em alguns andarem algumas pessoas acionaram os botões azuis para facilitarem o acesso aos pequenos buracos e obterem acesso às saídas de emergência, provocando pequenas explosões internas no prédio. Próximo ao quinto andar alguém apertou o botão laranja e o elevador parou. A ascensorista conseguiu sair num vão pequeno entre a porta e o solo quando ele parou mais próximo do quarto andar com a ajuda de algumas pessoas. Neste andar tinha quase trinta manifestantes que tentavam arrombar a porta de entrada do sindicato das costureiras. Ela só teve tempo de olhar pra trás e sair correndo descendo mais três andares tentando escapar e chegar ilesa ao prédio. Quebrou o salto do seu sapato social e rasgou a sua meia calça. Mas conseguiu sair do edifício com apenas alguns arranhões. Quando um desconhecido passou pelo 3º andar “desesperado”, assim como todos os demais do prédio acionou o botão vermelho próximo a cozinha do prédio.

Uma imensa e grande explosão foi causada naquele andar juntamente com vários botijões que ficavam ali próximo. Muitas pessoas saíram feridas do prédio e infelizmente houve algumas vítimas fatais. Os bombeiros desesperados na tentativa de salvar todas as vidas possíveis conseguiram diminuir o número de mortes causadas pela explosão. Toda equipe de apoio e resgate, juntamente com diversos voluntários ficaram trabalhando incansavelmente na tentativa de localizar corpos ainda com vidas naquela trágica explosão. O prédio acabara de ser completamente demolido.

Do lado de fora, toda a imprensa passava informações sobre a tragédia, na tentativa de informar ao público o lamentável acidente ocorrido no mais sofisticado edifício que havia sido construído nos últimos dez anos.

Dr. Wallace assistia de um outro heliponto cedido por outro amigo empresário num edifício um pouco distante dali, com o aparelho (ABST-with...), emprestado pelo segurança Tadeu, desolado não acreditando que todo aquele empreendimento havia sido “perdido” com a explosão, pois com a falta de protocolo e registros oficiais, ele não possuía os documentos para assinar uma apólice de seguros para a segurança de poder ser indenizado com os prejuízos no investimento.

Sr. Carlos jogou o seu paletó no chão e nem conseguia raciocinar. Tadeu ficou mudo, enquanto o Ricardo só pensava no estado de saúde da ascensorista.

O resultado da tragédia é de que: Um dos eletricistas que trabalhou na equipe do Engenheiro Doutor Charlie Norman Tibúrcio Wallace, ligou no 3º andar, por engano, o circuito que instalava o dispositivo que acionava o botão azul no botão vermelho.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A Lenda do Salmão e a Ostra

“Esta é uma estória fictícia, porém tentarei fantasiá-la para ter um pouco mais de graça neste texto. O diálogo entre o salmão e a ostra, durou um pouco mais de dez minutos.”


Um cardume de uns quinhentos salmões, mais ou menos, nadava tranqüilamente quando subitamente um tubarão apareceu num rápido instante e atacou os salmões. Numa única bocada ele devorou uns quinze peixes ou mais. Essa quantidade não foi possível precisar. Todo o cardume restante tentando fugir nadou velozmente e conseguiram dispersar. O tubarão semi-satisfeito foi embora. Um único salmão distraído perdeu o sentido e a direção que os outros rumaram e foi para o fundo do oceano tentar se esconder entre umas algas marinhas ali por perto. Ele ficou ali sozinho, assustado e evidentemente com medo, mas manteve-se ali, quieto controlando até a “respiração” para não fazer “barulho”, até ter a certeza de poder ir embora para procurar a sua turma.

Num curto instante ele “ouviu” um “Psiu”. Assustou-se novamente e nem se mexeu. Após alguns segundos ouviu novamente outro “Psiu”. Olhou com cuidado para um lado, depois para o outro e não consegui ver ninguém ali por perto. Quando, então ele ouviu uma “voz” que dizia:

- Ei Salmão, sou eu quem está te chamando!
Ele perguntou:
- Quem? Quem está aí?
Ela respondeu:
- Sou eu, uma ostra, você não está me vendo? Chegue aqui, mais perto de mim. Este local é mais seguro e ninguém poderá vê-lo de onde estou. Eu também estou escondida.
Ele disse:
- Aqui eu conheço, estamos a 45 léguas marítimas da costa oeste da Guatemala. “(Cerca de 85 km)”.
O salmão “respirou” já despreocupado e foi até lá perto da ostra. Nadou apenas dois metros e aproximou-se dela e disse:
- Obrigado, pela ajuda, tentando me salvar. Eu me perdi dos meus parentes.
Ela disse:
- Eu sei. Eu vi tudo daqui, por sorte você não foi devorado por aquele tubarão. Ele é “folgado” mesmo, Não é?
- Ele pensa que é o rei do oceano. Só porque ele é um peixe feroz e voraz – disse ele.
- Eu também penso assim – disse ela.
- E então, me diga, porquê você também está escondida aqui.
- Por que eu estou com medo do polvo. Você sabe, nós somos moluscos; mas na cadeia alimentar ele e a lula são nossos principais predadores. Mas eles comem também outras espécies tais como: mariscos, caramujos, mexilhão, conchas, etc.
- Eu sei, nós também temos esse problema. Quando estamos no período de reprodução nossas “mulheres” fazem a desova nos pontos mais altos. Nós somos obrigados a saltar nadando contra as correntes para um ponto mais alto dos oceanos, para conseguirmos chegar a um lugar mais seguro, mas sempre somos devorados pelos ursos polares, e também por outros peixes maiores. Isso sem contar quando somos “recolhidos” aos milhares junto com outras espécies, pelos barcos pesqueiros. E o pior é que os crustáceos também são vítimas destes pescadores.
- Nós também temos este mesmo problema. Como não sabemos nadar, somos arrastadas pelas correntes marítimas. E quando chegamos muito próximo à costa terrestre, somos "apanhadas" pelos pescadores que comem os mariscos das conchas e “roubam” nossas pérolas para fazerem colares para oferecerem às fêmeas daquela espécie humana que vive lá na área terrestre. E ainda, aproveitam as nossas “cascas” para fazerem objetos decorativos para venderem aos turistas nas praias.
- Bandidos! (Ficou enfurecido o peixe), vivem para explorar nossas espécies para se sustentarem.
- Amigo! Não fique bravo. Na vida é assim mesmo. É a lei da natureza. Mas enquanto nós pudermos nos reproduzir e garantirmos as nossas próximas e futuras gerações, não estaremos correndo o risco de entrarmos em extinção.
- É verdade amiga, pensando bem, você têm razão. Vamos ter sempre que nos reproduzirmos para que as nossas existências possam ser garantidas neste mundo.
- E você? – disse o salmão – Está aí com uma pérola bonita? Ela está grande ou ainda está em fase de crescimento?

“A ostra ficou calada por uns instantes e soltou uma “lágrima”. Quando ela pensou em chorar, o salmão se tocou que tinha dado um fora, e tentou corrigir a besteira que acabara de dizer, mas tentou contornar a situação”.

- Calma amiga! Eu não queria emocioná-la. Desculpe-me?

“Ela se recompôs e depois de alguns instantes enxugou “as lágrimas” e disse:”

- Sabe de uma coisa?
- O que? – disse ele.
- Eu levo um tempão para produzir e cuidar da minha pérola, como se fosse minha filha, e o destino dela sempre é o mesmo. Ou acaba sendo devorada pelos predadores ou então sendo recolhida pelos pescadores. Nossa vida acaba ali. Eles nem esperam a gente morrer naturalmente.

“O salmão entristeceu-se também pensando no trágico fim em que a sua vida acaba. Praticamente da mesma forma sem ter o direito de morrer naturalmente como um velho peixe aposentado. Como não pôde conter-se, num gesto de solidariedade, não resistiu e “abraçou” a “amiga” ostra. Ele pensou um pouco e com certa frieza, não resistiu e teve que dizer para a ostra o que ele sabia”.

- Amiga. Não vá ofender-se com o que eu vou falar, mas eu tenho que te dizer...
- Pode falar amigo, eu acho que não serei a única ostra neste mundo que irá perder minha pérola, mas pode dizer que eu não irei me aborrecer.
- Você promete? – disse ele.
- Prometo. Pode dizer.
- Mas antes, posso te pedir um favor?
- Depende. Se eu puder fazer...
- Dá uma “abridinha” aí pra eu ver o tamanho da sua pérola.
- Claro! – disse ela.


“Quando a ostra abriu sua concha, subiu um cheiro esquisito, mas o salmão pra não dar outra mancada nem resolveu comentar sobre o cheiro “fedido” que vinha de lá de dentro. Disfarçou e fez o seu comentário:”.

- Bonita essa sua pérola. Ela realmente é muito interessante. Olha, eu não sou de fazer “premonições” - (“Como se isso fosse possível com os peixes, mas em fábula vale tudo.”) – mas eu sismo que você irá perdê-la.
- É, isso já aconteceu com várias outras ostras e fatalmente, assim, como sempre haverá terremotos, isso vai acontecer comigo também.

O salmão viu que o mar estava calmo demais e disse para a ostra que iria embora procurar sua família. Ela despediu-se dele e desejou boa sorte. Assim que ele foi embora a ostra parou e pensou:

“- Foi bom eu ter conhecido aquele salmão. Isso me fez refletir que para a "gente" se dar bem na vida, às vezes, é preciso ter um pouco de sorte. E olha que ele foi um cara legal e inteligente e ainda me passou alguns de seus conhecimentos."

A ostra aproveitando que vinha uma corrente marítima, foi arrastada para um lugar ainda mais seguro e foi tirar um cochilo.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Átrio da Prosperidade

A partir desta data, quem ler este artigo saiba que está sendo inaugurado o “Átrio da Prosperidade”. Esta passagem somente será permitida para as pessoas credenciadas, comprometidas com a verdade, com o bem, com a perseverança, com a esperança, com a honestidade, com a união, com o respeito, com o caráter, com a humildade, com a simplicidade, com a compaixão, com a responsabilidade, com os compromissos sociais, com a cultura, com a fortaleza, com a dignidade, com as pesquisas, com a saúde, com a segurança, com o bem ao próximo, com o compartilhamento verdadeiro ao alheio e; sobretudo; com o amor divino.

Nem adianta chegar perto quem não possuir estas qualidades ou virtudes, porque o Átrio, não admitirá e jamais permitirá o acesso a nenhuma pessoa que não possua essas qualificações.

Pessoas doentes poderão ser curadas, pessoas que sofrem serão atendidas, pessoas desassistidas terão seu reestabelecimento junto à sociedade, pessoas da exclusão social serão aceitas; assim como os pobres ou mendigos. Os idosos que sofreram tanto para sustentar seus sucessores, que acreditaram nos seus antecessores e que precisam de assistência médica, que dependem de medicamentos serão bem-vindas. Isso sem contar com os velinhos que são abandonados pelos seus próprios parentes. Todos esses, serão aceitos e bem acolhidos ao Átrio.

Existem sim; verdadeiros anjos da guarda espalhados por todo o mundo e que infelizmente não são respeitados. Porém, existem outros, que não são; não importando em que esfera estes indivíduos pertençam, que vivem discutindo problemas já existentes.

Chega!!!!!!! Nós queremos é: Justiça, Segurança, Dignidade e Respeito!

O Átrio já existe há muito tempo, só que muitas pessoas deixaram de enxergar ou saber onde localizá-lo. Pegue o controle remoto do seu DVD que você estará exercendo a principal lição que o Átrio, pretende re-ensinar pelo mundo afora.

E que Deus salve pelo menos as boas pessoas, incluindo as criancinhas que “ainda” são inocentes.

Amem.

sábado, 18 de outubro de 2008

O Último Discurso

O Último Discurso (de “O Grande Ditador”)
Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o, seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis!” A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossa idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar ao mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que no Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo do trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança a velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão!
Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levante os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos Hannah! Ergue os olhos!”

“Não sois máquinas! Homens é que sois”
Escrito por Charles Chaplin em 1939

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O Acelerador de Partículas

Falar sobre este assunto exige-se um grau de nível muito complexo. É necessário o absoluto conhecimento de pura Física, Física Quântica, Química, Engenharia Eletrônica, Elétrica, Mecânica, Eletromagnetismo, Energia Nuclear, Equações de Espaço Estruturado no Vácuo, Análise de Estruturas e Resistência de Materiais, Cálculo Diferencial e Integral, Antenas e Propagações, Análise Vetorial, Campos Magnéticos, Equações de níveis complexos. Teorias, leis e equações de grandes Químicos, Físicos e Cientistas como: Isaac Newton, Maxwell, leis de Gauss e suas divergências, equações de Poisson, de Laplace, leis e equações de Farad, A lei experimental de Coulomb, condutores, dielétricos e capacitância, campos (magnéticos) variáveis no Tempo (t), sistemas vetoriais, etc.

Se você não entendeu o que eu descrevi até aqui, desculpe-me e paciência, pois eu sei que têm muita gente que precisa estudar. Mas estudar pra valer. Não é só ir freqüentar a sala de aula para assisti-la, ou decorar matérias, passar uma colinha para o colega, dar um “pega” nas meninas na hora do intervalo. Estamos no século XXI, geração plugada na Internet, que dispõe de um infinito e vasto conhecimento para os alunos do futuro que realmente estão interessados em aprender. Mas é conveniente utilizá-la de forma que com estas informações possam dar-lhes uma formação profissional competente para o futuro.
Só para vocês terem uma idéia vou publicar aqui um pequeno trecho copiado da Internet para vocês terem idéia da dimensão e complexidade e funcionamento de um Acelerador de Partículas.
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“O LCH ou Large Hadron Collider, o maior acelerador de partículas do mundo, entrou em funcionamento em julho de 2008”.

“Localizado na fronteira entre a Suíça e a França, sua construção começou em 1995 e consumiu aproximadamente US$ 8,5 bilhões até o momento. Ao todo são 27 km de comprimento em uma estrutura circular, a 100 metros abaixo da terra. Os mais de 2000 cientistas envolvidos esperam utilizar todo este aparato para pesquisar a formação e existência de determinadas partículas, entre outras questões importantes da física moderna...”
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E o nosso texto não para por aqui veja também outro exemplo técnico sobre aceleradores de partículas.
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“Sabia que você tem um tipo de acelerador de partículas em casa? Na verdade, é provável que esteja lendo este artigo usando um! Os tubos de raios cátodos (CRT) de qualquer TV ou monitor de computador é, na verdade, um acelerador de partículas.”


“O CRT pega as partículas (elétrons) do cátodo, acelera-as, e muda sua direção usando eletroímãs no vácuo. Depois, as faz colidir em moléculas de fósforo na tela. O resultado da colisão é um ponto de luz, ou um pixel, na sua TV ou no monitor do computador”.
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E, então gente? O que faremos com as nossas partículas? Precisamos acelerá-las!
Nossas partículas estão aí para conduzir a nossa próxima geração. É preciso investir de verdade no futuro das escolas. Todos têm a sua própria vocação, sejam nas áreas de ciências exatas, humanas ou biológicas. Cada um escolhe a que melhor o identifique. E não adianta falar que os professores são mal preparados, ou mal remunerados, as escolas mal equipadas, os laboratórios desestruturados ou quebrados, ou ainda que os alunos estejam indisciplinados. Tudo isso é desculpa esfarrapada. Eu sinto muito. Ou então será que é por isso que os fabricantes de pneus inventaram os pneus sem câmaras?
Pensem nisso.
Por favor?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Oração Para Aprendizes

Eu sempre escrevo aqui no Blog, algumas estórias com certo tom de humor, outras com ironia. Mas desta vez o assunto é sério. Quando eu ainda estava no primário, 3ª ou 4ª série, minha professora me ensinou uma oração muito bonita, simples que revigora nossas almas e alivia nossas preocupações. Atenção adultos! Leiam, decorem e ensinem suas crianças mesmo que elas ainda não saibam ler. Então lá vai:

“Eu sou filho de Deus. Sou alegre, perfeito e feliz. Sou saudável, inteligente e tudo aprendo. A Sabedoria de Deus me orienta e me protege. Tudo vai dar certo. Eu creio firmemente. Estou sob a proteção infalível de Deus.”
Em nome “do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém.”


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Manual Prático dos Termos Modernos

O mundo anda meio perdido. As pessoas, (nem todas) perderam um pouco do respeito, das perspectivas em relação ao futuro. Uma mistura de desorientação com falta de atenção, a falta de carinho, segurança, confiança e alegria. Nas ruas e na TV vemos coisas absurdas, como assaltos, seqüestros, acidentes de trânsito, violência. Isso faz com que a gente tenha cada vez mais medo, insegurança e desconfiança. Para isso vou tentar ensinar alguns truques para aprendermos a driblar esses medos, preconceitos e desrespeito às pessoas.
Por exemplo: Quando uma pessoa é falsa, às vezes para não piorar a situação, porque a gente sabe que a pessoa é “falsa mesmo”, devemos utilizar o termo dizendo: “Você é inadimplente com a verdade”. Viu? A pessoa nem percebeu que você chamou-a de falsa. Outro exemplo: Quando o sujeito ou a sujeita é “fdp” (Aquele palavrão que as torcidas dizem para os juízes de futebol, e, coitada da mãe deles), é mais sutil chamá-lo de “Flávio do Prado” que dá na mesma. Mais um exemplo: Quando a pessoa é mentirosa (o), chame-o de: “Omisso de Veracidade”, fica legal e o burro nem percebe. Aliás, chamar alguém de “Burro” é dar mancada com próprio animal. Coitado dele que não têm nada a ver com a ignorância das pessoas. Mas ao invés de chamar alguém de burro, chame-o de “Apedeuta”, ou então: “Professor ou Mestre” sempre o elogiando, só que ele nem vai perceber que estamos nos referindo ao contrário. Ainda têm mais um termo para chamarmos alguém de burro. Diga que ele tem uma “Desvantagem Intelectual, ou então, que ele é “Hiperdislexo”, que ele vai achar que isso é um elogio. Pronto passou batido e ninguém percebeu.
Fofoqueiro é algo que incomoda as pessoas. Têm gente que vive só para saber da vida dos outros, como se isso fosse importante. Neste caso chame-o de: ”Coletor e distribuidor de Informações alheias”.
Todo mundo têm um apelido. Algumas pessoas ficam irritadas quando recebem um apelido e, se o apelido pegar, cada vez mais o sujeito fica enfurecido e os outros tirando proveito e chacotas com a raiva da vítima. Só para dar um exemplo, o apelido mais popular é: “Cabeção”. Têm gente que fica com ódio quando esse apelido pega. Neste caso chame-o de “Abajur de Mansão”. Só que tome cuidado. Se ele perceber que o significado é o mesmo, neste caso é melhor você sair de perto, senão vai sobrar pra você.
Outro apelido desagradável é o famoso “Orelha de Abano”. Esse é hilário. Em alguns lugares as pessoas chamam estes indivíduos de “Orelha de Abanar Churrasco”. É um caso sério. A pessoa se irrita mesmo. Sugiro então que você sutilmente chame-o de: “Guidão de Lambreta”, mas pensando bem ele vai perceber que é a mesma coisa e irá te xingar e ainda te chamar de “Flávio do Prado”. Mas só que têm uma coisa. Esse apelido só pode ser usado em adultos, pois, com as crianças não vale.
Bem, chega de escrever bobeiras e pense numa coisa só. Se você chegou até aqui, está com a mesma coisa do que eu. Não tinha o que fazer. Eu para escrever e você para ler. Mas a minha idéia é de que não deve mesmo haver desrespeito com as pessoas e que devemos investir mais no sentimento humano.
Como eu sou ambidestro, pra mim não existe mais diferença entre: o preto ou o branco; o rico ou o pobre; o fedido ou o cheiroso, o inteligente ou o analfabeto. Afinal de contas, somos todos seres humanos capazes de cometermos erros ou acertos.
Quando começamos a estudar aprendemos desde o início do período de alfabetização as matérias de: Português, Matemática, Física, Química, História, Geografia, Língua e Literatura, Ciências Sociais, Biologia, Educação Física, Educação Artística, OSPB, etc. "Ops", OSPB não sei porque mas, tiraram do currículo escolar. Mas na Física existe um conceito sobre energia que diz o seguinte: "Energia é a capacidade de realizar trabalho". Então vamos trabalhar e pensar positivo e tornar-mo-nos "centro-avante". E cada gol que marcarmos alcançaremos a nossa própria “Vitória”.
Tenham todos uma vida feliz.

sábado, 11 de outubro de 2008

O Velho Jeito de Amar

O amor é uma coisa sublime. Um sentimento único. Nobre. Sorte para poucos, azar para outros. O amor está em todos os lugares do mundo e em milhões de corações, só que às vezes, nós nem chegamos a perceber. Ou então, quando nos damos por conta, por engano, chegamos à conclusão de termos escolhido a pessoa errada. Temos também que admitir que o engano possa ter sido provocado pela gente. Não podemos culpar os outros sem saber identificar os nossos próprios erros.
É tão bonito escutar com a voz do coração a frase “Eu te Amo”, no mais sentido puro da palavra. Um sentimento magnânimo que vêm de dentro do coração e do interior da alma de quem está realmente apaixonado.
Em diversos lugares, por exemplo, na França a expressão “Eu te amo, meu amor” é dita como: “Je Vous aime, Mon Amour”, na Alemanha é: “Ich liebe Sie, Meine Liebe”, na Itália é: “io lo Amo, il mio Amoré”, na Espanha é: “Yo lo Amo, Mi Amor”, e em inglês é o tradicional: “I Love you, my Love”.
Aqui no Brasil também existe as suas expressões de sentimentos amorosas que são diferentes e alguns termos são muito bonitinhos, outros esquisitos e outros até engraçados. Na Bahia, por exemplo, eles dizem a mesma coisa, só que de forma diferente, assim: “Meu Cheiro, Meu Dengo, Meu Rei, etc.”. É bonitinho, Não é? Já No Rio, os caras dizem pras minas: “E aí Cachorra, vamos dar um rolé, popozuda?", e elas se sentem. Em Minas Gerais os rapazes dizem paras as moças num tom meio acanhado assim: "Óia eu vou falar uma coisa procê que está me entalano aqui na garganta. Ela pergunta: O que é, fala logo? Ele toma fôlego e diz: É que eu estou gostano docê". Em São Paulo, dependendo do lugar nós chamamos as minas de “Gostosa”, e o pior é que elas gostam. É a modernização para se conquistar um novo amor, mesmo não importando quanto tempo essa relação possa durar. Até porque está muito na moda “ficar”. E conforme o entendimento do casal de namorados, às vezes essa relação dura por um longo período, só que vai depender de cada caso em particular.
Quando eu estive de férias, fui à praia de Copacabana em plena época de temporada. Escolhi uma mesa em um quiosque pedi uma latinha de cerveja e uma porção de camarão. Eu estava curtindo de óculos escuros aquelas belas paisagens e as cariocas bonitas e gostosas que circulam pelas areias escaldantes da praia. Pedi mais uma latinha, depois outra. Quando de repente bateu aquela vontade de ir ao banheiro. O garçom, gentilmente me indicou onde era e disse que tomaria conta das coisas que estavam em minha mesa, nada mais do que reduzido a: minha camiseta, cigarros e um isqueiro. Fiz minhas necessidades que a cerveja faz a gente despejar no vaso sanitário e voltei “aliviado”. Pedi mais uma latinha e com aquele sol de quase 40º C, não dava pra ficar sem me refrescar. Só reparei numa coisa: O banheiro de praia dos quiosques em época de temporada é imundo, mas de férias a gente nem liga pra isso. Só que é imprescindível ir ao banheiro de chinelo, porque o chão é sujo mesmo. Uma mistura de areia com urina e outras porcalheiras. Mas para mim tudo bem, eu estava de férias mesmo e nem dei importância pra isso.
Em uma mesa ao lado, havia um casal de estrangeiros muito alegres e felizes. Pela conversa deles deu pra perceber que eram alemães e que provavelmente estavam em lua de mel. A todo instante trocavam beijinhos, carícias, palavras de amor, olhares apaixonados. Fiquei fitando-os até que com certa “inveja”, mas achei muito lindo o trato que um tinha pelo outro, fino com muita dignidade e respeito. Ela, uma mulher linda e o rapaz também muito elegante. Ambos jovens. A cada dez minutos eram dez beijos. E eram beijos apaixonados longos e duradouros.
O rapaz com alguma dificuldade de comunicar-se com o garçom sempre que beijava sua mulher pedia uma latinha de cerveja e uma porção de algum petisco, para curtirem perante aquele sol da praia naquele momento de felicidade. Na mesa deles já tinha mais de seis pratinhos de porção que já haviam consumidos e pelo menos de dezesseis a vinte latas de cervejas vazias, se não for mais. Mas o amor não tem preço e eles estavam curtindo todo o prazer que aquele momento poderia proporcioná-los. Mais um beijo e mais uma latinha para cada um deles.

Num dado momento o rapaz disse pra sua mulher algo no ouvido. Ela concordou dizendo que sim com a cabeça. Ela ficou sozinha na mesa e eu fiquei atento ao que iria acontecer.
O rapaz foi até o mar e deu um mergulho ficando lá por uns dez minutos aproximadamente. Como ela ficou sozinha e na mesa deles tinha de tudo: Relógio, carteira, celular, máquina fotográfica, óculos escuros, fiquei “vigiando-a”, porque aí eu pensei. Isso pode chamar a atenção de algum assalto. Fiquei preocupado olhando de vez em quando pra ela. Ela percebeu que eu a observava e até esboçou um simpático sorriso, parecendo tentar me dizer que eu estava ali para tomar conta dela até que o seu marido voltasse do mar. Parece que nossos pensamentos foram lidos, pois eu estava pensando na mesma coisa. Não demorou muito e o rapaz já havia retornado. Ele olhou pra mim e também com um olhar parecendo como que de forma de agradecimento, cordialmente sorriu com um gesto nobre de gratidão. Tive a impressão de ter “cumprido a missão” de ter tomado conta da esposa do rapaz, paguei a minha conta e fui embora para o hotel que eu estava hospedado, pensando. “Realmente o amor é lindo, o amor é tudo”. “Que aquele casal seja muito feliz”. Chegando ao hotel, após ter lavado meus pés pela entrada dos banhistas entrei no elevador e apertei o botão do nono andar e fui direto ao banheiro urinar de novo, pensando na felicidade daqueles dois.

Errata:
Acho que eu me confundi um pouco no texto deste Blog, mas acho que ele poderia ter outro título. Abaixo, selecione com o mouse o espaço no quadro negro e veja se você concorda.

O Velho Jeito de Ir Ao Mar


quinta-feira, 9 de outubro de 2008

As Estrelas Não Possuem o Mesmo Tamanho

Se pudéssemos medir o tamanho de cada estrela que existe no céu, vocês podem ter certeza. Milimetricamente falando, nenhuma delas possuem o mesmo tamanho. E também não existe nenhum instrumento, por mais sofisticado e com o melhor avanço tecnológico capaz de comprovar isso. Mas em se tratando do ser humano cada um de nós somos uma estrela. Porém, aí sim dá pra medir. Na civilização humana existe um separatismo enorme se compararmos a diferenciação entre os povos. Já se começa pela linguagem. Em diversos locais do mundo existe uma linguagem diferente, ou um idioma, ou um dialeto, enfim, deste ponto de vista é conotativo a diferença entre os povos, pois para aprender a comunicarmo-nos uns aos outros, é necessário estudarmos um ou mais idiomas. E não é só isso. Ainda existem outros itens que diferenciam a principal dessemelhança entre nossos povos.
A Cultura.
Só para citar um exemplo, vou transcrever a opinião de um escritor chamado John Lyons:

“Cultura pode ser descrita como conhecimento adquirido socialmente: isto é, como o conhecimento que uma pessoa tem em virtude de ser membro de determinada sociedade.”

Todas as culturas humanas se assemelham por oferecerem um conjunto de respostas sistematizadas aos problemas universais da existência humana, mas todas essas respostas diferem entre si, e, portanto, cada cultura é característica do seu próprio aprendizado. Cada representante da nossa espécie nasce do seio de uma sociedade que já está em andamento e desde que, para todos os efeitos, este indivíduo não é dotado de instintos, pois ele tem de aprender a ser um ser humano pela internacionalização da cultura do seu grupo.
“Senão, continuaremos: Homens Primatas, dentro do Capitalismo Selvagem”.
...

domingo, 5 de outubro de 2008

Título a Definir

Este texto não conterá título, mas me veio uma recordação na memória que me fez refletir sobre o passado. No final do ano de 1986 eu resolvi prestar meu primeiro vestibular e o tema da redação era “As Delicadezas Perdidas”. Aí eu pensei: “Que raios que este tema pretende para que eu redija esta redação?”.
Hoje com mais reflexão e com uma formação mais amadurecida posso admitir. Realmente nossas delicadezas foram perdidas. É só prestar atenção na letra “Todo o Sentimento” de Chico Buarque de Holanda, que está aí, a charada que o redator nos pretendia arrancar de nossos conhecimentos através do tema da redação imposta.
E tem mais uma coisa. Quando eu li uma resenha escrita por Arnaldo Jabor em 16 de Março de 1964, às 20h30min, não tive dúvida. Ele também sabia que nossas vidas iriam mudar quando ele referiu-se em sua resenha sobre um filme que iria estrear nas telas do cinema ainda em preto e branco, cujo título era: “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, filme de Glauber Rocha. Pronto. Estava completado o raciocínio de que em três dias antes havia realmente uma expectativa de mudança. E aí vai uma pergunta. Pra onde? E pra finalizar vou repetir a mesma frase que foi criada por um famoso escritor da Literatura Brasileira.
“Ao vencedor, as Batatas!"

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

As Mulheres de Origem Celta

As mulheres de origem celta eram criadas tão livremente como os homens. A elas era dado o direito de escolherem seus parceiros e nunca poderiam ser forçadas a uma relação que não queriam. Eram ensinadas a trabalhar para que pudessem garantir seu sustento, bem como eram excelentes amantes, donas de casa e mães.

Assim aprendiam:

"Ama teu homem e o segue, mas somente se ambos representarem um para o outro o que a Deusa Mãe ensinou: amor, companheirismo e amizade. Jamais permita que algum homem a escravize. Você nasceu livre para amar, e não para ser escrava.

Jamais permita que o seu coração sofra em nome do amor.
Amar é um ato de felicidade, por que sofrer?

Jamais permita que seus olhos derramem lágrimas por alguém que nunca fará você sorrir.

Jamais permita que o uso de seu próprio corpo seja cerceado. Saiba que o corpo é a moradia do espírito, por que mantê-lo aprisionado?

Jamais permita que o seu nome seja pronunciado em vão por um homem cujo nome você sequer sabe.

Jamais permita que o seu tempo seja desperdiçado com alguém que nunca terá tempo para você.

Jamais permita ouvir gritos em seus ouvidos. O Amor é o único que pode falar mais alto.

Jamais permita que paixões desenfreadas transformem você de um mundo real para outro que nunca existiu.

Jamais permita que outros sonhos se misturem aos seus, fazendo-os virar um grande pesadelo.

Jamais acredite que alguém possa voltar quando nunca esteve presente.

Jamais permita que seu útero gere um filho que nunca terá um pai.

Jamais permita viver na dependência de um homem como se você tivesse nascido inválida.

Jamais se ponha linda e maravilhosa a fim de esperar por um homem que não tenha olhos para admirá-la.

Jamais permita que seus pés caminhem em direção a um homem que só vive fugindo de você.

Jamais permita que a dor, a tristeza, a solidão, o ódio, o ressentimento, o ciúme, o remorso e tudo aquilo que possa tirar o brilho dos seus olhos a dominem, fazendo arrefecer a força que existe em você.


E, sobretudo, jamais permita que você mesma perca a dignidade de ser mulher."


Nota a considerar:
Este texto não é de minha autoria mas, como achei muito interessante resolvi publicar aqui neste meu Blog, até porquê através da indicação de uma amiga, que de acordo com o seu perfil, demonstra ser uma mulher de origem Celta.

E mais uma coisa eu aprendi: Se eu não estiver enganado acho que elas existem e eu conheço pelo menos umas 06 ou 07 mulheres de origem Celta.

Quanto aos homens Celtas, eu não tenho a menor idéia se eles existem.
Porém, se eu tivesse que fazer uma opção eu preferia andar com um carrinho mais sofisticado, como por exemplo, de acordo com a foto abaixo.



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Em Breve!!! A nova Fábrica de Sites!!!