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sábado, 11 de outubro de 2008

O Velho Jeito de Amar

O amor é uma coisa sublime. Um sentimento único. Nobre. Sorte para poucos, azar para outros. O amor está em todos os lugares do mundo e em milhões de corações, só que às vezes, nós nem chegamos a perceber. Ou então, quando nos damos por conta, por engano, chegamos à conclusão de termos escolhido a pessoa errada. Temos também que admitir que o engano possa ter sido provocado pela gente. Não podemos culpar os outros sem saber identificar os nossos próprios erros.
É tão bonito escutar com a voz do coração a frase “Eu te Amo”, no mais sentido puro da palavra. Um sentimento magnânimo que vêm de dentro do coração e do interior da alma de quem está realmente apaixonado.
Em diversos lugares, por exemplo, na França a expressão “Eu te amo, meu amor” é dita como: “Je Vous aime, Mon Amour”, na Alemanha é: “Ich liebe Sie, Meine Liebe”, na Itália é: “io lo Amo, il mio Amoré”, na Espanha é: “Yo lo Amo, Mi Amor”, e em inglês é o tradicional: “I Love you, my Love”.
Aqui no Brasil também existe as suas expressões de sentimentos amorosas que são diferentes e alguns termos são muito bonitinhos, outros esquisitos e outros até engraçados. Na Bahia, por exemplo, eles dizem a mesma coisa, só que de forma diferente, assim: “Meu Cheiro, Meu Dengo, Meu Rei, etc.”. É bonitinho, Não é? Já No Rio, os caras dizem pras minas: “E aí Cachorra, vamos dar um rolé, popozuda?", e elas se sentem. Em Minas Gerais os rapazes dizem paras as moças num tom meio acanhado assim: "Óia eu vou falar uma coisa procê que está me entalano aqui na garganta. Ela pergunta: O que é, fala logo? Ele toma fôlego e diz: É que eu estou gostano docê". Em São Paulo, dependendo do lugar nós chamamos as minas de “Gostosa”, e o pior é que elas gostam. É a modernização para se conquistar um novo amor, mesmo não importando quanto tempo essa relação possa durar. Até porque está muito na moda “ficar”. E conforme o entendimento do casal de namorados, às vezes essa relação dura por um longo período, só que vai depender de cada caso em particular.
Quando eu estive de férias, fui à praia de Copacabana em plena época de temporada. Escolhi uma mesa em um quiosque pedi uma latinha de cerveja e uma porção de camarão. Eu estava curtindo de óculos escuros aquelas belas paisagens e as cariocas bonitas e gostosas que circulam pelas areias escaldantes da praia. Pedi mais uma latinha, depois outra. Quando de repente bateu aquela vontade de ir ao banheiro. O garçom, gentilmente me indicou onde era e disse que tomaria conta das coisas que estavam em minha mesa, nada mais do que reduzido a: minha camiseta, cigarros e um isqueiro. Fiz minhas necessidades que a cerveja faz a gente despejar no vaso sanitário e voltei “aliviado”. Pedi mais uma latinha e com aquele sol de quase 40º C, não dava pra ficar sem me refrescar. Só reparei numa coisa: O banheiro de praia dos quiosques em época de temporada é imundo, mas de férias a gente nem liga pra isso. Só que é imprescindível ir ao banheiro de chinelo, porque o chão é sujo mesmo. Uma mistura de areia com urina e outras porcalheiras. Mas para mim tudo bem, eu estava de férias mesmo e nem dei importância pra isso.
Em uma mesa ao lado, havia um casal de estrangeiros muito alegres e felizes. Pela conversa deles deu pra perceber que eram alemães e que provavelmente estavam em lua de mel. A todo instante trocavam beijinhos, carícias, palavras de amor, olhares apaixonados. Fiquei fitando-os até que com certa “inveja”, mas achei muito lindo o trato que um tinha pelo outro, fino com muita dignidade e respeito. Ela, uma mulher linda e o rapaz também muito elegante. Ambos jovens. A cada dez minutos eram dez beijos. E eram beijos apaixonados longos e duradouros.
O rapaz com alguma dificuldade de comunicar-se com o garçom sempre que beijava sua mulher pedia uma latinha de cerveja e uma porção de algum petisco, para curtirem perante aquele sol da praia naquele momento de felicidade. Na mesa deles já tinha mais de seis pratinhos de porção que já haviam consumidos e pelo menos de dezesseis a vinte latas de cervejas vazias, se não for mais. Mas o amor não tem preço e eles estavam curtindo todo o prazer que aquele momento poderia proporcioná-los. Mais um beijo e mais uma latinha para cada um deles.

Num dado momento o rapaz disse pra sua mulher algo no ouvido. Ela concordou dizendo que sim com a cabeça. Ela ficou sozinha na mesa e eu fiquei atento ao que iria acontecer.
O rapaz foi até o mar e deu um mergulho ficando lá por uns dez minutos aproximadamente. Como ela ficou sozinha e na mesa deles tinha de tudo: Relógio, carteira, celular, máquina fotográfica, óculos escuros, fiquei “vigiando-a”, porque aí eu pensei. Isso pode chamar a atenção de algum assalto. Fiquei preocupado olhando de vez em quando pra ela. Ela percebeu que eu a observava e até esboçou um simpático sorriso, parecendo tentar me dizer que eu estava ali para tomar conta dela até que o seu marido voltasse do mar. Parece que nossos pensamentos foram lidos, pois eu estava pensando na mesma coisa. Não demorou muito e o rapaz já havia retornado. Ele olhou pra mim e também com um olhar parecendo como que de forma de agradecimento, cordialmente sorriu com um gesto nobre de gratidão. Tive a impressão de ter “cumprido a missão” de ter tomado conta da esposa do rapaz, paguei a minha conta e fui embora para o hotel que eu estava hospedado, pensando. “Realmente o amor é lindo, o amor é tudo”. “Que aquele casal seja muito feliz”. Chegando ao hotel, após ter lavado meus pés pela entrada dos banhistas entrei no elevador e apertei o botão do nono andar e fui direto ao banheiro urinar de novo, pensando na felicidade daqueles dois.

Errata:
Acho que eu me confundi um pouco no texto deste Blog, mas acho que ele poderia ter outro título. Abaixo, selecione com o mouse o espaço no quadro negro e veja se você concorda.

O Velho Jeito de Ir Ao Mar


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