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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Brilho no Olhar

Repare que quando chegamos nessa época do ano, tudo parece que fica mais bonito. Também; o comércio se prepara para isso. Minha filha (que ainda vai fazer 06 anos) já sabe que o Papai Noel não existe, pois ela viu na televisão os comerciais que atraem os seus interesses. Então ela, com o seu jeitinho, tenta justificar da melhor maneira do que ela gostaria que o "Papai Noel" lhe entregasse. Isso porque, graças a Deus, ainda temos condições de ter uma grande noite, na véspera do Natal e também na passagem do Reveillon. Ainda bem, pois, modestamente falando, temos um lugar quentinho pra ficar. Aqui não cai neve mesmo, como nos filmes americanos, e nem a Dama de Paus bateu no Ás de Copas. Então, achamos que, onde vivemos tudo é legal! Ou então. O povo é que reclama demais!
Vi esta foto na Internet e me solidarizei com as centenas de milhares pessoas que não passarão um final de ano como gostariam. Apesar da foto ser totalmente artistica, eu vi um certo fundo de tristeza nela; mas no sentido de que o ser humano precisa melhorar. Eu acho que é pra isso que existe este Blog, senão eu já teria apagado-o.
Boas Festas a todos que lerem esta mensagem e claro, sempre esperamos que no(s) próximo(s) ano(s) as coisas melhorem para todos nós.

Até +

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A Verdade e a Mentira

A verdade marcou um encontro com a mentira. A verdade chegou na hora, pontual e certa. A mentira chegou atrasada e se justificou: "Minhas pernas são curtas e bambas. Mas não conte a ninguém". A verdade nada disse. Apenas sorriu. A mentira prosseguiu: "O que você quer de mim? Eu sou bonita, você é feia, eu sou jovem, você é velha, eu sou extrovertida, você é tímida, eu sou agradável, você é desagradável, eu sou, enfim, aquilo que as pessoas querem. Posso ser qualquer coisa, estar em qualquer lugar, posso fazer tudo o que quero e francamente, não vejo porquê de estar aqui, nesse momento, perdendo meu tempo com alguém que não é bem-aceita em todos os lugares. O que você quer de mim afinal?" disse a mentira com a voz ligeiramente esganiçada.
A verdade com voz límpida e cristalina, respondeu apenas: "Quero lhe dizer que, apesar de sua beleza e formosura, eles querem a mim. As pessoas buscam a mim, mesmo quando encontram você".
Na hora de ir embora, sempre apressada, a mentira botou o casaco da verdade e saiu correndo. A verdade, para não passar frio, botou a roupa da mentira. E todo mundo achou que a verdade era a mentira e a mentira era a verdade. Mas foi só por um tempo. Logo um vento soprou revelando as pernas curtas e bambas da mentira disfarçada.

Frate, Diléa - Histórias para acordar - São Paulo - Companhia das Letrinhas, 1996.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

No Apagar das Luzes

Poderia até parecer uma crônica de romance. Mas infelizmente não é. Mais uma vez tivemos um problema de grandes proporções com falha na energia elétrica. O apagão voltou em cena. E pelo que aconteceu, poderíamos imaginar algo parecido com o "trailler" do filme 2012. Milhares de pessoas entraram em pânico dentro dos túneis das estações de metrô e em diversas cidades brasileiras. Nem precisa comentar que houveram arrastões nesta ocasião oportunista. Em todos os estados atingidos pelo apagão os problemas e reclamações foram os mesmos. Exitem sites na Internet que até promoveram enquetes para que os internautas pudessem descreverem o que aconteceu e poder registrar o seu manifesto, o que não compensa repetir aqui. Mas o que sabemos é que, a menos de um mês atrás foi noticiado de que as concessionárias erraram no cálculo de cobrança de energia elétrica por aproximadamente sete anos nos cobrando a mais, e, até agora ninguém esclareceu de como é que iremos receber essa cobrança de imposto na energia elétrica. E como a recente história do primeiro "famoso" apagão de grandes proporções ocorreu em 02 de abril de 2001, tivemos que pedir desculpas para são Pedro. E como não vai dar tempo de ficar escrevendo o mesmo que várias outras pessoas poderão fazer vou repetir apenas um dos comentários que um Internauta fez, com suas próprias palavras, dizendo o seguinte: "Quando acabou a luz tudo ficou apagado!!!! Vai entender!!! Parecia Resident Evil!!!!!"

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Greve de Ônibus

Nos dias em que acontece uma greve de ônibus ocorre um caos na cidade. Por causa do interesse de algumas dezenas de pessoas outras centena de milhares se prejudicam. E como sempre: chegam atrasadas, se irritam, pegam táxi, vão a pé ao trabalho, faltam, xingam pessoas que às vezes nem tem culpa, enfim, é sempre a mesma coisa. Antigamente eu também ficava irritado com isso, mas hoje em dia comecei a ver esta situação por um outro lado.
Acordei cedo para ir trabalhar, quando de repente vi um aglomerado de pessoas e após alguns instantes não deu outra e constatei: Mais uma greve! Daí em diante, paciência! Não adianta se apavorar e nem reclamar, pois em todas as greves a bagunça é sempre a mesma que, no final das contas, só poderá acontecer duas coisas: chegaremos atrasado ou então, não termos como ir trabalhar e faltar mesmo!
Como eu havia decidido que não haveria outro jeito de poder mudar isso, até porque não era minha culpa, resolvi aprender a observar como é que as pessoas se comportam nesta situação.
A primeira coisa que observei é que todas as pessoas estranhas se falam automaticamente. A cerimônia quebra o protocolo e todos falam entre si, pois neste tipo de dia, vemos muitas pessoas diferentes, até porque eu mesmo vi o pessoal das 06:00 horas que pega ônibus comigo, mas também vi os que pegam em horários posteriores. E como todo mundo estava atrasado mesmo, qualquer assunto se desenrola na maior naturalidade. Assuntos aleatórios, sem fundamento, balelas e outras besteiram pairam no ar, pois é quase que interessante falar qualquer coisa que vêm na cabeça, pois sem ônibus, ninguém não tem nada pra fazer mesmo! A não ser, se for pra reclamar e xingar os grevistas e suas genitoras.
Pode reparar. As pessoas estranhas falam com a gente, mesmo sem a necessidade de sermos apresentados. Eu mesmo fui vítima logo nos primeiros instantes que me aproximei do pessoal. As feias e encalhadas vêm com tudo pra cima, puxando qualquer assunto, pois é uma grande oportunidade para conhecer a gente, até porque eu também faço isso com as pessoas, só que com as bonitinhas, é lógico.
Outra coisa interessante em dia de greve, é que antigamente o dinheiro era gasto com táxi. Atualmente sai mais barato colocar créditos no celular para a avisamos que iremos atrasar, ia não ser que resolvamos faltar mesmo. No meu caso, eu ligaria a cobrar, se meu empregador atendesse a ligação retornando a que ficou no "display" do aparelho.
A televisão sempre cumpre o seu papel. Pega um helicóptero e fica narrando por quase uma hora ou mais, a situação do trânsito da cidade, filmando nos terminais e pontos de ônibus o número de pessoas que aguardam a situação se normalizar. Como o programa de reportagem da TV fica enjoativo, nem os telespectadores e apresentadores têm paciência para ficar por muito tempo olhando as pessoas paradas na rua em toda a cidade.
O bom em uma greve é quando o encarregado não vai. É uma grande chance pra dar um pega na baixinha da limpeza lá no vestiário. Mas, como o encarregado puxa-saco faz de tudo pra ir trabalhar com a perua Kombi do cunhado, pois todo mundo sabe que o Gerente vai "se der", o sonho com a baixinha têm que ser mais uma vez adiado.
No ponto de ônibus que eu fiquei como um bobo no meio do povo que fazia também o mesmo papel que eu fazia, eu tive que escutar um monte de besteiras que eu não poderia deixar de dizer aqui mesmo, pois algumas são até engraçadas. Veja só. Uma mulher aproximou-se de sua amiga que fez um comentário: "Uéh! "Maria", desde quando você usa "Sutiã Vermelho?" - Não é meu não. É de minha filha! - respondeu. Hilário para uma manhã infernal.
Outra situação engraçada que ocorreu, foi quando uma pessoa acordou atrasada e aproximando-se de nós, fez a mágica pergunta: "É greve de ônibus?" Eu respondi: "Não, não! Estamos realizando uma "Passeata Parada!"". Fala sério!
O metrô tenta ajudar colocando funcionários extras para orientar o povo, disponibilizando até Orientadores de Embarque "vesgos" que trabalham com toda a dedicação para nos porpiciar mais conforto e segurança nas apertadas e espremidas viagens que sempre duram mais tempo no mesmo percurso.
Nas pouquíssimas lotações disponíveis é um "empurra-empurra" danado onde todos nós achamos que cabemos naquele micro-ônibus. Pessoas misturam pelo ar, o mau hálito, o cheiro do insuportável "cecê", e vários outras coisas chatas que naquele dia, acaba sendo aceito por todos.
A única vantagem que eu percebi nos dias de greve de ônibus é quem conseguir chegar ao trabalho (até porque, não seria possível eu conseguir escrever isso pra vocês), é que, dmesmo tendo avisado que chegaria mais tarde, todos irão te receber com as recepções de um "Buffet", dizendo a elogiosa frase: "Que bom que você veio ..."
E você nem bate o ponto direito, e nem começa a trabalhar diretamente, e vai direto tomar um café, e depois contar o que aconteceu e como arranjou um jeito de vir trabalhar e ... e... e....

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Amigos Frequentando a Asa Norte

A amizade já estava feita. Agora era somente reuní-los de novo. E foi assim. Mais uma vez conseguimos nos reunir para uma "Festa Rock". Assim disse um dos meus amigos, lembrando-me de que todos nós estávamos precisando disso para nos libertar. E claro que, não existe e nem existirá uma má influência dos boyzinhos da cidade, senão esta crônica vai ficar com a cara do episódio do João de Santos Cristo. E nem era pra isso mesmo. Este novo encontro propiciou mais uma vez, que podemos nos reunir para escutar um bom som de Rock' Roll e tomar umas geladas. Até porque eu disse durante a "festa" e depois dela também de que, a única coisa que nós reclamamos é sobre a demora que leva pra cerveja gelar. O resto é pura curtição, cultura, piadas infames dentre outras coisas que conversamos. Geralmente para lembrarmos de viagens que já realizamos, ou shows de algumas bandas que já curtimos e dos próximos shows que pretendemos ir. No Rock' Roll é assim. Sempre haverá um compromisso em poder avisar ou convidar nossos amigos para estarmos sempre que possível, juntos para curtir com alegria somado a um pouco de adrenalina, para jogarmos de um precipício todas as neuras, injúrias e calúnias que achamos sermos vítimas, se bem que na verdade, não existem vítimas, pois acho que nós é que inventamos isso.
De qualquer maneira aproveitamos o máximo possível para passarmos uma tarde tranquila juntos, onde todos nós estávamos felizes querendo que aquele momento não acabasse tão cedo, porém como não somos mais crianças, acabamos adimitindo que pelo menos haverão outras oportunidades. E é isso que importa.
Até a próxima!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quando eu Morrer...

Eu tive que prestar atenção em muitas coisas que aconteceu comigo para entender porque existem tantas coisas diferentes entre as pessoas e em nossas vidas. Não dá tempo de compreendermos tudo o que precisamos. Temos que passar por experiências boas e ruins para podermos concluir um ciclo (que são milhares ou milhões, sendo um de cada vez) para aprender que, tudo o que acontece com a gente, serve de teste para aferir o quanto estamos preparados ou não para isso.
Vivemos uma vida intensa para algumas coisas e medíocre para outras. No final das contas, muita gente orgulha-se e diz com o peito aberto que: “Já fiz tudo o que eu precisava fazer nesta vida!”, mas se esquece do principal: Que vida? De que vida você está falando?
Isso mesmo. Qual vida a pessoa se refere? Porque a nossa vida é uma só. Única. Então pra quê a gente tem que se preocupar se a vida de “fulano” ou “sicrano” está boa, ou ruim?
Destarte quando eu morrer eu vou procurar saber ainda coisas que eu não consegui compreender enquanto estive vivo neste mundo. Por que dizem que: Quando a pessoa morre o corpo acaba, mas o espírito continua vivo. Não morre! Pois bem. Se o espírito não morre, então ainda terá uma continuidade na nossa “pós-vida”. E essa tarefa será interessante, pois irei procurar várias respostas ainda não esclarecidas. Uma porque, nunca teremos tempo em uma só vida para entender tudo o que precisamos e outra porque em alguns aspectos não possuímos interesse em aprender outras coisas, então existirá sim, uma necessidade de continuarmos nosso estudo, depois que a morte chegar. E não pense que este assunto é besta ou perigoso ou maluco, pois, em algum tempo em nossa vida todo mundo já parou pra pensar no que será que vai acontecer no dia que a gente morrer.
Já para antecipar, quando eu morrer vou procurar algumas pessoas que deixaram marcas ou histórias neste mundo, pois é uma tarefa um tanto quanto interessante. Vou começar (não importando a ordem dos fatos) procurando Orlando Silva e dizer que a sua música “Jardineira” ainda faz muito sucesso por aqui. Não só a música dele, mas a de outros grandes compositores ou mitos na legenda musical como: Renato Russo, Raul Seixas, Cazuza, Fred Mercury, Dinho (dos Mamonas), Elis Regina, Pixinguinha, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, dentre vários outros. O motivo é de que: Seus pensamentos que viraram sucesso servem para várias gerações futuras, embora muitos (nem todos os artistas) morreram por serem vítimas de preconceitos sociais e outros, morreram por insatisfação do sistema político social que prega a miséria em todo o mundo. Por falar em miséria, vou procurar também os responsáveis que se aproveitaram dela para fazerem “nome” na história mundial e dar uma bronca em quase todos eles, pois muitos líderes políticos, religiosos, empresários e latifundiários cresceram à custa dos menos favorecidos, como sempre.
Vou procurar Steven Spilberg para dizer que ele deveria deixar de ter angústia por ter nascido judeu, pois a humanidade (pelo menos, parte dela) entendeu o quanto foi doloroso ver a sua raça castigada.
Vou procurar também os responsáveis que cuidam do sofrimento que causam às pessoas quando ocorre um desentendimento dentro da própria família, onde só conseguimos admitir uma perda, se for em caso de doença, pois Deus já nos preparou assim para estudarmos uma maneira de combatermos as epidemias.
Vou procurar o Diabo e perguntar por quê ele resolveu descansar e também para saber quanto tempo faz, pois ele conseguiu empregar vários “soldadinhos” que andam até derrubando helicópteros por aí.
Vou arranjar também um jeito de saber ou pelo menos dizer para que “Elle” engula as suas palavras, pois descaradamente usou a mesma frase que o Jango usou com o seu famoso jargão “Não me deixem só!”, até por que preciso dizer para o Jango também, que a sua estratégia a treze dias antes da Revolução de 1964 furou, pois eu acho que “só ele não sabia” que os militares iriam tomar o poder e fazer muita gente sofrer, que incentivaram-nos a amá-la ou a deixá-la.
E como o assunto se prolonga com a conversa com os presidentes, vou agradecer a três deles que me fizeram entender que a bebida alcoólica faz mal, e também agradecer ao Getúlio Vargas por ter deixado algumas leis que ajudam o povão até hoje.E, pro papo não ficar muito intenso, vou ter que encerrar este assunto, pois daria para escrever tanta coisa aqui, que o Google teria que comprar um servidor só para mim, pra eu hospedar este Post que ficaria com milhões de páginas. E aproveitando esta oportunidade que tenho, quero agradecer aos grandes escritores que me inspiraram para que eu pudesse aprender a cada dia que passa a gostar de escrever ainda mais, e por último, vou procurar o Silvio Brito e dizer que a sua música escrita a muitos anos atrás ainda funciona muito bem com a sua pergunta ao espelho.

Bangalô da Leprosa

-Quase dei na cara dela! – dizia aquele sujeito bêbado ao ser interrompido num provável escândalo dentro daquele “cortiço”. Cortiço é elogio! O local era medonho. Uma zona do mais baixo meretrício.
Também, logo na entrada o cartaz entregava o local, demonstrando ser nenhum pouco aconchegante!
“Promoção! 05 cervejas, grátis uma muié!”
“Muié?!? Nem escrever direito o “cartazista” sabia. Afinal de contas o erro na ortografia chamava a atenção das pessoas. Se bem que, pra falar a verdade acho que era o único que sabia escrever naquele inferno. O lugar era de assustar. Um mau cheiro, cheio de mulheres vulgares e homens bêbados. Os empregados eram todos mal-encarados e estúpidos. O freezer do bar todo enferrujado parecia que nem gelava a cerveja que era vendida a R$8,00 fora da promoção. Foi por isso que resolvi entrar naquela espelunca achando que aquele erro no cartaz realmente tinha sido pensado pelo dono daquele Bangalô.
Arranjei um banco tipo “Tamborete” e pedi uma cerveja. Uma mulher de uns 45 anos de idade ou mais, tentando ser simpática sorriu pra mim, mostrando aqueles dois dentes quebrados na boca e um bafo insuportável, perguntando: “Vai uma cerveja aí, broto?”.
Inferno! Odeio que me chamem de broto! – pensei. Mas, já estava mesmo na chuva...
A mulher ao servir, estava tentando abrir a garrafa com os dentes, quando não hesitei interrompendo-a imediatamente, abrindo a cerveja com o meu isqueiro; no qual ela observava calada e alguns instantes depois, disse: “Nossa! Como você faz isso? Me ensina ...
“Diabos”! Justo aqui que o Valdomiro marcou comigo pra gente se encontrar...
Mulheres horrorosas circulavam pelo ambiente que tocava músicas piores do que os malditos funk’s e outros forrós populares que não paravam de perturbar minha mente.
Aproximou-se uma sujeita gorda com cara de vigarista e uma ferida leprosa no braço direito. O nome dela era Marlene. Aproximou-se e; sem a minha permissão; pegou a minha mão e disse: “Vou ler a sua sorte”!
Ela abriu a palma da minha mão e com aquela prática para enrolar as pessoas, assim como fazem os ciganos, traçou um falso destino dizendo-me que eu teria um futuro brilhante pela frente, e que iria ter uma excelente vida, uma maravilhosa companheira de cabelos negros, e que moraria numa bela casa, e que teria filhos inteligentes, e que vários outros “e quês”...
Sem dar a mínima importância ao que ela dizia, puxei minha mão e dei um empurrão nela, que nem se importou comigo, mas, deu pra ouvir muito bem suas palavras de baixo calão ofendendo minha mãe, minha reputação e fidelidade da minha verdadeira esposa, dentre outros “elogios”. Depois de mais algumas cervejas sendo obrigadas a descer goela abaixo, tive vontade de ir ao banheiro enquanto permanecia naquele pardieiro. Enquanto mijava, eu lia os palavrões e recados de lésbicas e travestis na parede do único banheiro daquele sujo bordel de quinta categoria. Um terrível fedor de urina e fezes humanas assombrava aquele local que na verdade, não tinha mais o que precisasse assombrar. O vitrô quebrado arejava o cubículo cheio de fezes naquele vaso sanitário imundo.
Ao som de mais um forró, a toda hora entrava e saia um bêbado ou uma bêbada prostituta no único banheiro por causa do efeito da cerveja que mesmo sendo cara, não parava de ser consumida por aquelas pessoas.
Eu já estava naquele ambiente a mais de cinquenta minutos e nada do viado do Valdomiro chegar. Eu o xingava de todos os palavrões possíveis que minha mente conseguia imaginar e até inventava palavrões novos de tanta impaciência que aquele ambiente causava.
“Valdomiro desgraçado!”. “Valdomiro infeliz!” “Valdomiro safado!” ““Cê” me paga Valdomiro ...”
Mas não adiantava falar mal, porque aquele bêbado do Valdomiro além de não aparecer, acabava colaborando para que eu ficasse mais bêbado ainda naquele Bangalô, pois na medida em que passavam as horas, mais eu bebia pra tentar esquecer o pânico naquele “fim de mundo”.
De repente começa uma briga e um monte de garrafas de cerveja e cadeiras voam pra todo lado. Uma gritaria tomava conta dali. Pessoas corriam e pelo menos umas quatro garrafas vieram em minha direção. Alguém sacou de um revolver e começou a disparar tiros à queima-roupa em um sujeito folgado com cara de “playboy”, pois a essa altura era só isso o que estava faltando para as pessoas da mais completa classe de bandidos e gente à toa que ali freqüentavam, arranjar um motivo para acabar de estragar tudo naquele bar nojento. Aí não deu outra. Várias pessoas correram em minha direção e derrubaram-me quando sem ver, bati a cabeça no chão e fui parar no hospital. Abrindo os olhos perguntei a enfermeira: “Como eu vim parar aqui?” Ela educadamente me disse que eu havia sido encontrado no chão, inconsciente, após ter sido atropelado por um motoqueiro. “Motoqueiro?” – perguntei-me pensando... Ela continuou: “É! Você foi atropelado por uma moto e teve estes ferimentos e escoriações na perna esquerda, mas com essa faixa e os medicamentos receitados você ficará melhor! Agora vê se descansa! Vou ver se o médico já te deu alta”.
“Mas, e o Bangalô da Leprosa?...” Nem tive tempo de perguntar!
Quando me dei por conta vi que estava sonhando. Só consegui perceber que era um pesadelo quando o Sr. Paulo que estava no leito ao lado, disse-me que eu havia delirado durante a madrugada toda e não parava de falar num tal de Bangalô!
Pensei: “Caracas!” “Então não passou de um sonho!”
Mas tive um “prejú”! Minha perna esquerda se machucou. Confuso, entendi que minha sorte não estava boa. Fiquei deitado enquanto aguardava a enfermeira trazer notícias da alta. Depois de algumas horas eu havia cochilado quando, chegou uma outra enfermeira meio gorda me acordando com cautela para não me assustar.
“Acorde, senhor! Assine estes papéis. O senhor está de alta!”Li o seu nome no crachá e tive um mal súbito. Assinei correndo a papelada e apressei-me para sair o mais depressa possível daquele hospital.
...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Quero ser seu amigo

Muitas coisas pra que eu te possa contar

Pouco tempo disponível pra dizer

Uma hora a gente vai se encontrar

Vai dar tempo pra gente se conhecer!

...

Quero estar dentro do seu melhor momento

Para que, a gente possa conversar

Muitas coisas para ler num sentimento

Não é fácil assim direito explicar.

...

Quando existe empolgação em um ser

A gente pode crer e esperar!

A razão, para que eu possa te ver!

É tão belo quanto eu te imaginar.

...

Hoje estou com você.

Mas amanhã, quem é que saberá?

Porque o que importa é dizer!

Que sabemos que a pena valerá!

...

Refrão

...

Hoje!

Se estiver comigo!

Quero ser seu amigo!

Estar junto de ti, vai ser bom!

...

Hoje!

Só de estar contigo!

Serei o seu amigo!

E dizer, que a amizade é um dom!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Um bom sofrimento pra você

Nem dá pra calcular direito porque é que o povo sofre tanto. Às vezes o sofrimento é desnecessário. Mas a gente sofre na vida. Nem sempre. Mas sofremos. Sofremos por antecipação, por angústia, ansiedade, arrependimento, falta de atenção ou informação, medo, pânico, traições, enfim, há várias maneiras que nos levam a ficar preocupados, pois não conseguimos na maioria das vezes entendermos determinados problemas que nos leva a estes frenesis.

E não é por falta de experiência, avisos, sugestões, conselhos e tentativas que não conseguimos escapar deste martírio. As pessoas erram precocemente e já desabam num desespero que fazem as coisas piorarem. Por mais que você insista em tentar ajudar (ou ser ajudado, quando acontece com a gente), ocorrerá um bloqueio em nossas mentes tentando impedir um discernimento coerente capaz de traduzir, ou simplificar um mal entendido ou um acontecimento.

Perder entes queridos é um sofrimento inevitável, porém único. Só perdemos nossos parentes ou amigos uma única vez. Essa dor inicialmente é intensa, mas com o passar do tempo nos acostumamos com a situação que a cada dia nos trás alívio e conforto, tornando-nos serenos para acomodarmos nossas almas em outras dimensões enérgicas, substituindo aquele estado de vazio em recordações e histórias passadas.

Quando temos a necessidade de “renovarmos nossas almas”, rezamos e pedimos a Deus uma compreensão maior para termos mais esclarecimentos destas e de outras perdas que ocorrem em nossas vidas.

Estar com a nossa própria imagem “negativa” é algo que não conseguimos suportar. E essa imagem perdura por um longo tempo para que possa se desfazer, pois, na medida em que tentamos reverter essa situação, sempre haverá alguém com represálias e entusiasmo em querer te policiar, achando que está dando uma contribuição conosco, mas no fundo, no fundo, estão tentando tirar proveito de nossas fraquezas para poder chutar ainda mais o nosso ego que se encontra num estado de baixa relevância.

Amigos de verdade não interferem nos nossos sentimentos e em nossas vidas. Apenas se sujeitam em perguntar se está tudo bem. Tentam também contar estórias que estão completamente fora do nosso interesse tentando apenas nos distrair, para que possamos ter um pouco de sossego, principalmente quando o assunto for direcionado para algo engraçado.

E nesses contratempos acabamos nos acostumando com a idéia de que estamos doentes e que essas doenças não têm cura. Mas têm sim!

Tem mesmo! E o remédio é eficaz; e faz parte de um elixir de conhecimentos, mesmo sendo verdadeiros ou falsos para que o nosso ser consiga encontrar um tratamento adequado para atenuar todo o sofrimento acumulado. Sem a pretensão de dramatizar esse assunto apenas gostaria de deixar claro que um dia as coisas vão mudar. E sempre mudarão para melhor. Todos nós já passamos por algum tipo de situação assim. Uns mais, outros menos. Não é algo que se possa medir, mas dá um parâmetro para que possamos avaliar a nossa própria dependência de carências e compreensões para com o próximo. É lógico que não podemos nos fazer de vítima, pois existem situações em que o sofrimento é algo que o ser humano procura. E nesse caso não há remédio que cure, a não ser a própria penitência.

Quem procura acha! Aqui se faz, aqui se paga! São ditos populares que foram inventados ou refletidos pelos nossos antepassados, mas servem para toda a humanidade do hoje e do amanhã. Cabe a nós é sabermos se devemos nos submeter ao ridículo de sustentar essa situação por um determinado tempo ou senão para a vida toda. Porque têm gente que parece que gosta de ficar praticamente por toda a vida perturbando os outros e sem que ele mesmo consiga enxergar o que está fazendo ainda compromete muitos outros que se prejudicarão se for dado corda a eles. Não queremos que esses elementos sejam julgados, pois na sua própria apresentação destaca-se como uma pessoa intolerável que se concretiza como um infortúnio. Então é para essas pessoas que desejamos um bom sofrimento, pois no final das contas estas serão as próximas que irão perceber de que precisam melhorar. Todos nós erramos, mas temos a chance de sermos perdoados e de reconhecer os nossos próprios erros. Basta querer e acreditar para que se possa exercitar o caminho da felicidade, da verdade, da honestidade, da esperança, da humildade e da perseverança para ter uma vida mais tranquila cheia de riqueza e simplicidade.

De Mãe pra mãe ...

'Vi o seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor, infractor, das dependências da prisão em São Paulo para outra dependência prisional no interior do Estado de São Paulo.
Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter, para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os repórteres "chatos" deram a este facto, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONG's, etc...
Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero, com ele, fazer coro. No entanto, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo.
Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família. Felizmente nem conto com o meu imprestável companheiro, que deveria desempenhar, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.
Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma Lan House, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.
No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias ao seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores na sua humilde campa rasa, num cemitério da periferia...
Ah! Já me ia esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila, pois eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá, na última rebelião de presidiários, onde ele se encontrava cumprindo pena por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas 'Entidades' que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto, e talvez indicar quais "Os meus direitos".
Para terminar, ainda como mãe, peço "por favor":
Faça circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola o Brasil e não só...
Direitos humanos só deveriam ser para "Humanos Direitos" !!!'

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Saudade de Meu Pequerrucho

Lembrei-me de uma estória de que um amigo meu me contou e eu não poderia deixar de registrar aqui. A alguns anos atrás eu o encontrei um tanto quanto deprimido. Perguntei o que havia acontecido e ele me disse que havia já muito tempo que ele não via mais o seu Pequerrucho. Fiquei atônito no começo, perguntando-me: “Como é que pôde ter acontecido isso com meu amigo?” “Ele sempre conviveu durante toda a sua vida com o pequeno, e, agora vêm me dizendo que está com saudade do seu Pequerrucho?”

Fiquei pensando por frações de segundos tentando imaginar o que poderia ter acontecido. Foi então que ele resolveu desabafar comigo:

“Minha vida tem sido muito difícil sem a convivência com o meu Pequerrucho. Convivemos desde o dia em que eu o levei para a minha casa. Conheci-o ainda muito novinho. Levei-o comigo e logo tratei de cuidar dele. Eu sabia de que ele precisaria de toda a minha atenção. Logo nas primeiras horas, comecei a providenciar as suas primeiras necessidades que um ser “novinho em folha” necessita. A primeira coisa que providenciei foi uma boa alimentação, pois dava a impressão de que ninguém havia feito isso antes. E foi impressionante! Ele parecia carente de alimentação e ficou totalmente satisfeito, logo na primeira vez. Foi aí que comecei a me dedicar intensamente com os cuidados ao Pequerrucho.

Ele estava bem magrinho, mas logo nas primeiras semanas já dava pra notar a diferença desde que ele pisou em casa pela primeira vez. Já era notória a diferença. Já estava mais corado, animado e aos poucos ia dando a impressão de que, o seu estado doentio estava desanuviando-se lentamente. Aos poucos foi ganhando confiança, peso, alegria, etc.... E nós dois, mesmo que, recentemente havíamos nos conhecidos, juntos decidimos que seríamos inseparáveis. Eu sempre falava mais do que ele, mas ele sempre estava à disposição para me dar a todas as respostas que eu necessitava. Começamos a nos entender até chegar ao ponto de sermos praticamente dependentes um do outro. Eu ia trabalhar todos os dias e o Pequerrucho ficava em casa. Apesar de não estar na escola, ele ficava quietinho em casa e fazia todas as pequenas tarefas que eu designava para ele sem reclamar. E quando eu chegava à noite em casa, lá estava ele a minha espera. Ele “sorria” pra mim com a doçura de um olhar eternamente apaixonado, e eu retribuía em dobro. Como eu não tinha esposa e morava sozinho, dediquei-me enlouquecidamente ao Pequerrucho.

Mas agora ele não está mais comigo!

Não consigo imaginar como pudemos ter nos separado assim, do nada!

A saudade é intensa. Às vezes eu chego até a chorar às escondidas com saudades daquele “Bandido”. Por que nas horas que eu mais precisei, assim como eu preciso agora, o meu Pequerrucho não está aqui comigo?

Eu levava-o para passear comigo nas festas, nas casas dos meus amigos e amigas. Todos gostavam dele. Ele era o centro das atenções. Não havia nenhuma pessoa que não olhasse para o meu Pequerrucho e não elogiasse aquele ordinário. Não sei nem porque estou xingando meu Pequerrucho, mas é que, a saudade aperta em meu peito e eu não consigo conter-me de tantas emoções. A saudade é algo que comove as pessoas e eu, que tenho esta mania de chorar por quase nada, não consigo ficar por muito tempo sem lembrar do meu “ex-companheirinho”.

Na hora do café da tarde ficávamos na varanda vendo o entardecer e as folhas das árvores como dois amigos inseparáveis até o anoitecer. E essa parceria e cumplicidade sempre foi o nosso maior entusiasmo para juntos pensarmos em tudo o que faríamos em cada dia que passava. Na medida em que o tempo passava, o meu Pequerrucho de que, pequeno ele não tinha nada, pois já havia crescido bastante que nem dava para eu chamá-lo assim; Mas na vida a gente sabe como é. Os apelidos são adotados desde pequeninos e com o meu Pequerrucho não poderia deixar de ser diferente. Este apelido foi escolhido desde o primeiro minuto em que nos vimos pela primeira vez. Já tinha passado mais de oito anos, e, o Pequerrucho estava cada vez maior. Um grandão para sua idade. Se fosse criança, tudo bem, ainda seria um garotinho, mas o Pequerrucho não. Nada se comparava ao seu tamanho, sua capacidade e desempenho, se fosse comparado com o desempenho dos outros. Era de dar orgulho e até uma “certa inveja” nos outros. Mas o meu Pequerrucho era assim. Excêntrico sim, mas, polêmico não. O Pequerrucho era o maioral entre os que se pareciam, ou tentavam se parecer com ele.

Mas agora ele sumiu!

Pequerrucho? Onde está você?

Não me deixe só!

É difícil viver sem o Pequerrucho. É foda! Desculpe-medizia meu amigo já aos prantosmas, eu não consigo viver sem o meu Pequerrucho!”

Depois de horas ouvindo aquele desabafo eu também não consegui me conter e jorrei lágrimas de angústia. Que situação fica um ser humano quando se apega ao sentimento mais nobre. E olha que eu não consegui nem transmitir nem a metade dos sentimentos que o meu amigo estava passando.

Ele se foi e não teve ninguém na vida daquele pobre homem que pudesse suprir a ausência do seu Pequerrucho.

Passado muitos anos (praticamente treze anos) após este episódio, nem eu vi mais o dono do Pequerrucho. A única informação que tive é de que; quem cuida do Pequerrucho hoje em dia - pois ele provavelmente ainda deve estar vivo - não está dando a mínima atenção para o Pequerrucho que deve estar no mesmo estado doentio, quando foi encontrado e adotado pelo meu amigo.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Lei Anti-Fumo

Isso é que é desrespeitar a Lei Anti-fumo até debaixo d'água.

Note que o pinguim nada pode fazer com esta situação e praticamente desmaiou ali mesmo!

A Situação de um Bebum!

Você vai ver como é a situação de um Bebum. Note que quando uma pessoa acha, já ter "perdido tudo" ela chega a pensar em tudo isso. Mas não é bem assim ...
OBS: Não fique triste e nem ria, como se isso fosse uma piada ou tragédia, mas é uma pura realidade.
Espere carregar o filme e assista!
;p



;p
OBS 2: Quem quiser baixar o clipe é obrigatório deixar um comentário e mandar depois um email para xfireboard@gmail.com com o Subject: Quero baixar o Clip MAIS QUE LOCO!; que eu passarei o link para download.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

My Sweet Lord

My sweet Lord
Hm, my Lord
Hm, my Lord
I really want to see you
Really want to be with you
Really want to see you, Lord
But it takes so long, my Lord
My sweet Lord
Hm, my Lord
Hm, my Lord
I really want to know you
Really want to go with you
Really want to show you Lord
BUt it won't take long, my Lord (hallelujah)

My sweet Lord (hallelujah)
Hm, my Lord (hallelujah)
My sweet Lord (hallelujah)

Really want to see you
Really want to see you
Really want to see you Lord
Really want to see you Lord
But it takes so long, my Lord (hallelujah)
My sweet Lord (hallelujah)
Hm, my Lord (hallelujah)
My, my, my Lord (hallelujah)
I really want to know you (hallelujah)
Really want to go with you (hallelujah)
Really want to show you Lord(AhhhAhhhh)
But it won't take long, my Lord (hallelujah)
Hm, hm (hallelujah)
My sweet Lord (hallelujah)
My, my, my Lord (hallelujah)
Hm, my Lord (hare krishna)
My, my, my Lord (hare krishna)
Hm, my sweet Lord (krishna krishna)
Hm, hm (hare hare)
Really want to see you (hare Rama)
Really want to be with you (hare Rama)
Really want to see you, Lord (AhhhAhhhh)
But it takes so long, my Lord (hallelujah)
Hm, my Lord (hallelujah)
My, my, my Lord (hare krishna)
My sweet Lord (hare krishna)
My sweet Lord (krishna krishna)
My Lord (hare hare)
Hm, hm (Gurur Brahma) <== (???)
Hm, hm (Gurur Vishnu)
Hm, hm (Gurur Devo)
Hm, hm (Maheshwara)
My sweet Lord (Gurur Sakshaat)
My sweet Lord (Parabrahma)
My, my, my, my Lord (Tasmayi Shree)
My, my, my, my Lord (Guruve Namah)
My sweet Lord (Hare Rama)
[Fade:]
(Hare krishna)
My sweet Lord (hare krishna)
My sweet Lord (krishna krishna)
My Lord (hare)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Torcida da Sua Vida

Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você. Tinha gente que torcia para você ser menino. Outros torciam para você ser menina. Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai. Estavam torcendo para você nascer perfeito. Daí continuaram torcendo.
Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra, pelo primeiro passo. O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida. E o primeiro gol então? E de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer. Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel. Torcia o nariz para o quiabo e a escarola. Mas torcia por hambúrguer e refrigerante. Começou a torcer até para um time. Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você. Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano. Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana.
Seus amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão. Eles também estavam torcendo para você ser bacana. Nessas horas, você só torcia para não ter nascido. E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido. Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir. E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso.
Depois começou a torcer pela sua liberdade. Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua. Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa. Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais. Todo mundo queria era torcer o seu pescoço. Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro. Torceu para ser médico, músico, advogado. Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol. Seus pais torciam para passar logo essa fase. No dia do vestibular, uma grande torcida se formou. Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você. Na faculdade, então, era torcida pra todo lado. Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ela. Primeiro, torceu para ela não ter outro. Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto, muito gordo, muito magro. Descobriu que ela torcia igual a você. E de repente vocês estavam torcendo para não acordar desse sonho. Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-de-mel. E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida. Porque, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele. Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas. Mas muita gente ainda torce por você!

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O Capítulo do Amor

(1 Coríntios 13:1-8, 13)

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz incovenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor.

..

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Something

Something - Tle Beatles

Something in the way she moves
Attracts me like no other lover
Something in the way she woos me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

Somewhere in her smile she knows
That I don't need no other lover
Something in her style that shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know
You stick around now it may show
I don't know, I don't know

Something in the way she knows
And all I have to do is think of her
Something in the things she shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Recomeçar

Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e
necessário "Recomeçar".

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
é renovar as esperanças na vida e o mais importante...
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado...

Chorou muito?
foi limpeza da alma...

Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia...

Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos...

Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora...

Pois é...agora é hora de reiniciar...de pensar na luz...
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal
Um corte de cabelo arrojado...diferente?
Um novo curso...ou aquele velho desejo de aprender a
pintar...desenhar...dominar o computador...
ou qualquer outra coisa...

Olha quanto desafio...quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te
esperando.

Tá se sentindo sozinho?
besteira...tem tanta gente que você afastou com o
seu "período de isolamento"...
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza...
nem nós mesmos nos suportamos...
ficamos horríveis...
o mal humor vai comendo nosso fígado...
até a boca fica amarga.

Recomeçar...hoje é um bom dia para começar novos
desafios.

Onde você quer chegar? ir alto...sonhe alto... queira o
melhor do melhor... queira coisas boas para a vida... pensando assim
trazemos prá nós aquilo que desejamos... se pensamos pequeno...
coisas pequenas teremos...
já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente
lutarmos pelo melhor...
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental...
joga fora tudo que te prende ao passado... ao mundinho
de coisas tristes... fotos...peças de roupa, papel de bala...ingressos de
cinema, bilhetes de viagens... e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados... jogue tudo fora... mas principalmente... esvazie seu coração... fique pronto para a vida... para um novo amor... Lembre-se somos apaixonáveis... somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes... afinal de contas... Nós somos o "Amor"...

" Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do
tamanho da minha altura."


Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Estagiário Não Serve Pra Nada

É isso que dá confiar no Estagiário que consegue um emprego no Notícias Populares!
Enjoy and Smile !!!



...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Michael Jackson Lifetime

Grande mito. Ícone legendário. Mais uma perda neste mundo. Para alguns, um artista polêmico, para outros um artista excêntrico. Mas afinal de contas quem é Michael Jackson? A resposta é muito simples: Michael Jackson é Michael Jackson. E pronto. Porquê, só quando as pessoas morrem elas viram mitos ou lendas? Foi por isso que publiquei dois pensamentos logo abaixo que coincidem com vários outros mitos e lendas que já se foram. Os nossos grandes heróis despedem-se do mundo assim. Sem deixar vestígios. Apenas mistérios e saudades. Onde você estiver Michael, saiba que existem uma legião incalculável de fãs e admiradores seus. A vaga que você pegou nesta cauda do cometa estava reservada para você. Obrigado pelos seus ensinamentos e sua arte que não serão esquecidos tão fácilmente.

A Fama

"A fama é para os homem, como os cabelos. Crescem após a morte quando já lhe é de pouca serventia".
Albert Einstein

Túmulo

"O Homem necessita recorrer à beleza que a arte lhe proprociona, para suavizar o atroz sentimento que a morte lhe inspira".
Albert Einstein

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Vantagem de Repetir a 5ª Série

Pode parecer estranho, mas é impressionante. Existe uma grande vantagem em repetir a 5º série do ginásio. Sem bem que de uns tempos pra cá ficou confuso. Se você pegar o Boletim escolar ou o trabalho de seu filho você vai ver no cabeçalho: 5ª série - 4º ano, ou então, 6ª série - 5º ano. Ficou uma bagunça. Principalmente na cabeça das crianças. Assistindo uma notícia na TV a cabo fiquei surpreso ao saber que na Universidade de Deakin de Melbourne, na Austrália, o Dr. John Thunder Warredeth, um grande pesquisador que estuda dentre outras coisas: "O papel da bactéria Helicobacter Pylori", "A descoberta recente de 13 novos tipos de Répteis, "Algumas anomalias causadas sobre doenças venéreas" (que não convém citar aqui), "A importância do desenvolvimento da vacina com plantas para estender o uso de sua controversa de Gardasil aos meninos e aos homens novos" quando publicou uma pequena nota deste assunto. Ele afirma: "Alunos que repetem no início do ginásio terão a tendência de serem pessoas bem sucedidas na fase adulta, pois estarão propensas a evitar grandes erros e a tomar decisões que lhe trarão sucesso, isto por que é melhor erra na...".

Quando ele ia concluir sua entrevista na TV para explicar sobre a sua recente pesquisa a emissora teve um problema técnico e ficou fora do ar por alguns minutos. A programação transmitida mundialmente teve uma repercussão intensa, sobre a curiosidade desta pesquisa que o cientista revelaria sobre a sua tese, pois era algo ainda que não havia sido discutido no mundo da ciência.

Nas terras da Lei de Gerson, houve um alvoroço danado ao saber que isso seria benéfico para que as crianças pudessem obter êxito na fase adulta e foram tantas estranhas decisões tomadas, pois o povo acreditava que esta tese poderia dar um rumo novo para as gerações futuras.

Em Salvador e em todos os municípios houve um caos nos primeiros meses, pois as maiorias esmagadoras dos pré-adolescentes, de imediato assimilaram a idéia, mudando o seu comportamento e com a anuência integral dos seus pais. Uma comissão de Pais e Mestres em todo o estado decidiu por unanimidade que seus filhos freqüentariam a escola no máximo duas vezes por mês. Repetir o ano era um privilégio. Um projeto de lei foi apresentado na Assembléia Legislativa e aprovado. Agora todo mundo deveria seguir esta nova lei para garantir um futuro melhor. Os paulistanos um pouco mais organizados seguiram o mesmo modelo estabelecido nos rodízios para controlarem a porcentagem de faltas escolares, para assegurar que seus alunos pudessem repetir a 5ª série. No Rio não foi preciso muito esforço, pois as estatísticas apontavam que mais de 35% dos alunos não chegariam a 5ª série para dedicarem-se a outras atividades segundo os seus próprios interesses. O difícil foi conseguir organizar a outra parcela de alunos que restavam para forçá-los a repetir o ano conforme haviam aprendido no noticiário. Em Minas Gerais, as garotas tiveram mais problemas em relação aos meninos. Houve um protesto onde chegou a ocorrer até passeata organizada pelo sindicato da secretaria de ensino, pois os garotos tinham menos regalias em relação às meninas na falta ou evasão escolar. O motivo, embora seja vulgar, foi questionado pelos organizadores pela diferença na puberdade das crianças desta faixa etária.

Em todo o país houve manifestações, protestos, rodízios, escalonamento, enfim; em todas as regiões foi adotado à sua maneira para que todos pudessem se organizar projetando e acreditando que; a tese do cientista, mesmo não tendo sido concluída valeria a pena qualquer sacrifício para assegurar o “amanhã” diferente e promissor.

Na França, em Portugal, na Holanda, em todo o continente Africano e pelo resto do mundo houveram maneiras de se fazer adaptações para esta “nova onda” que alterou o currículo escolar das crianças.

Em conseqüência disso, crianças do mundo todo não sabiam mais qual seria o seu próprio nível intelectual. Por exemplo: Depois de ter repetido pela sexta vez a quinta série um aluno de Lisboa chamado Joaquim Ernesto Coimbra Tosqui, fez uma aposta para alcançar o recorde mundial de um aluno que repetiu dezoito vezes a 5ª série sem o conhecimento específico da gramática da Língua Portuguesa e a tabuada do nove completa.

Eu outros países, como o Japão, Suécia, Dinamarca, Escócia, Finlândia, EUA, dentre outros, simplesmente ignoraram esta informação. Na China e na Índia ficou proibido por decreto de que esta idiotice fosse colocada em prática. E em poucos anos todo mundo percebeu que isto não fazia sentido, e resolveram simplesmente abandonar esta idéia.

Passados mais alguns anos o Cientista Dr. John Thunder Warredeth, foi encontrado, morando na Malásia, pois sua teoria havia causado um caos de nível internacional, e ele sentia-se culpado por não ter tido oportunidade de explicar-se em público. Um repórter da Tailândia que tinha um programa sensacionalista na TV, deu uma oportunidade para que ele pudesse desfazer deste mal entendido. Foi nesta única oportunidade e última aparição em público que ele teve a oportunidade de esclarecer o que havia concluído em sua tese:

"O que eu queria dizer é que: Na fase final da infância é melhor que isso ocorra, ou seja, se o aluno repetir a 5ª série não haverá grandes problemas estruturais em sua vida, pois esta nova experiência em que se submete o aluno, aumentando o número de matérias e tendo que adaptar-se a ter um professor para cada disciplina é noprmal que ele torne-se confuso e isto faz com que ele se, não conseguir organizar-se e acostumar-se com esta mudança na sua vida escolar, caso ele perca o controle e repita de ano, causará menos prejuízo se isto ocorrer na fase adulta, quando ele terá muito mais responsabilidades como trabalhar para pagar contas, cuidar da esposa, dos filhos, pagar o aluguel, o IPVA, o IPTU, o mercado, a água, a luz, aguentar o chefe, ter que arranjar tempo para fazer exercício, jogar futebol, ir às festas, reuniões na empresa, na escola dos filhos (se houver tempo), participar das festas das escolas, levar o filho na escola, colocar o lixo na rua, apagar todas as luzes antes de dormir, levar seu filho(a) ao médico quando ele tiver uma febre ou tiver que tomar vacina, ter que aguentar aquele cunhado que causa problemas e sempre dá trabalho para sua família ou de seu ou sua companheira(o), renegociar dívidas, ter que arranjar um novo emprego ao ser despedido, ainda mais quando a pessoa é traída por um próprio colega da sessão, que "puxa o seu tapete" para ser promovido; levantar cedo num dia de chuva, sem a opção poder escolher se deseja trabalhar ou não, levar a mãe ou a sogra(o) no médico devido a idade dele(a), enfim um monte de coisas acontece na fase adulta, pois se comparado ao fato de um aluno repetir de ano enquanto criança, para mim é muito mais vantagem que isso ocorra, pois é mais fácil e dá tempo de corrigir, enquanto a criança é nova tendo este pequeno problema, do que atrapalhar-se e organizar-se com uma responsabilidade extremamente maior em sua fase adulta".

"Era isso que eu queria dizer..."

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Testemunho da Composta

Antes do acidente eu vendia computadores e fazia poemas. Às vezes ia compondo meus versos e poesias sempre ao entardecer ou nos finais de semana. Cheguei até a escrever poesias inteiras dentro do ônibus pela manhã quando ia trabalhar. Distraí-me atravessando a rua e fui atropelado pelo luxuoso carro de um senhor chamado Nicanor.

“Um dia, quando tiver dinheiro,
conquistarei o seu amor
Passarei na Rua Vergueiro
e ...”

E. E o quê? Não sei. Não me lembro. Só sei que ao acordar eu estava num leito de um hospital muitos dias depois daquele acidente. Abri meus olhos e me deparei com o Sr. Nicanor me olhando desolado. Sem me lembrar direito do que havia acontecido percebi que algo havia mudado. Sem que eu dissesse uma só palavra o Sr. Nicanor, como que numa forma de telepatia fazia gestos com a cabeça dizendo que sim. Foi o pior choque que tive na vida. Aquele acidente fez com que eu quebrasse minhas duas pernas, correndo o risco de amputá-las. Mas, o Sr. Nicanor triste, com peso na consciência; logo que tive alta; levou-me para sua casa para morar com ele. (Seria remorso? Ou medo de se complicar? – pensei, mas não tive escolha.).
Éramos nós dois em seu casarão fora os seus empregados. Sem muito que fazer ele passou a cuidar de mim, disponibilizando uma equipe médica completa num rigoroso acompanhamento, num dos maiores quartos da mansão, que ele desocupou para me acolher no tratamento.
Ele era um grande empresário. Viúvo. Sem filhos e depois do acidente chegava bem mais cedo do trabalho para saber sobre minha recuperação, e durante longas horas, conversávamos intensamente, sobre todos os tipos de assunto: novelas, futebol, notícias, etc. Eu sabia que ele queria fazer de tudo para me agradar, pois desconfiava que eu fluísse corrente de ódio e de hostilidade reprimida.
Em compensação a cozinheira sempre me trazia ótimos lanches e refeições. Conversava pouco, mas num dos dias que me trouxe comida ela fez um comentário:

“O “seu” Nicanor é muito bom! Se não fosse ele nenhum de nós e nem a sua família teria condições de viver. Ele é muito generoso. Desde que eu vim do Nordeste a quinze anos atrás, nunca mais passei dificuldades quando o patrão me contratou. Você vai sair desta porque ele vai te ajudar. Ele é um Deus aqui na terra pra muita gente!”

Todos os dias eram assim. Eu notava em sua expressão facial uma mistura de preocupação, cansaço e enfraquecimento. De repente numa das tardes em que conversávamos depois de ter passado mais de quatro meses que eu estava deitado naquela mesma cama, sem sinais de melhora, o Sr. Nicanor teve um derrame e mesmo tendo sido socorrido pelos médicos que não saiam do meu quarto, não houve como poder evitar; e com um desconhecido e agravante diagnóstico, ele perdeu a fala. Ficou completamente sem voz.
Coisa triste. Agora estamos aqui, no mesmo quarto, um ao lado do outro, em silêncio.
Bateram na porta e eu disse: “Entra doutor”. Era o doutor de óculos. Melancólico pelo estado de nós dois, mas muito eficiente. Ele vinha todos os dias, e até duas vezes por dia se necessário. Eu observava tudo em silêncio, pois o Sr. Nicanor não falava mais, só gaguejava. Lembrei-me dos meu versos. Mentalmente fiz um de improviso:

“A medicina é um sacerdócio,
não conhece pausa nem ócio”.

Antes do derrame, o Sr. Nicanor fazia questão de que o médico me examinasse com rigor. Falava comigo apreensivo, se porventura eu tivesse que sofrer uma amputação ou sobre a possibilidade de um implante de pernas, próteses artificiais, etc.
Ele era dedicado. Não seria sua culpa, caso eu ficasse inválido. Agora; por causa dele, o mesmo doutor acompanha os dois casos. Só que comigo era bem rápido. O médico me dizia:
- Como vai? Bem? Ótimo, rapaz. Até logo.
O negócio é com o Sr. Nicanor:
- Vai melhorando, Sr. Nicanor? Está sentindo dores? E os remédios estão reagindo? Vamos medir os batimentos cardíacos? Depois mediremos sua pressão. Hoje vou falar para você sobre o resultado dos seus últimos exames...
Sr. Nicanor esforçava-se para responder. Seu rosto ficava vermelho. Suas veias do pescoço se dilataram. E finalmente:

-Gá-gá-gá-gá ...

Isto era a resposta dele. O doutor produzia um sorriso:
- Muito bem! “Está falando!”.

Depois de examiná-lo demoradamente, o Sr. Nicanor olha para mim. É assim que conversamos agora. No seu olhar ele tenta me dizer:
- “Viu! O doutor disse que estou melhorando!”
E eu respondo telepaticamente:
- “Mentira!”

A diferença no atendimento entre nós dois era bastante desigual. Como o infortúnio nos nivelou, pensei em mais um verso:

“Não há mais opressor
não há mais oprimido
Eu e o Sr. Nicanor
Estamos “no comprimido””.

Entra uma loira no quarto. Era Marília, sua sobrinha, perguntando:

- Então, Doutor? Como ele está?
- Nem bem, nem mal.
- Ele está melhor?
- Nem melhor, nem pior.
- E o coração?
- Assim, assado... Ele não está mais tolerando a “Composta”...

“Composta” era o nome do coquetel de injeções que ele tomava para o coração. Os comprimidos ele nem conseguia mais tomar, porque engasgava e não estavam mais fazendo efeito e também eram considerados fracos para o tratamento.

Ela puxou o doutor para o canto do quarto e perguntou:
- Quanto tempo ainda, doutor?
Ele suspira e disse em voz baixa:
- Pode ser uma semana, um mês, um ano...
Ela fica com a expressão do seu rosto bastante depressiva.
- Às vezes, doutor fico pensando... Todo este esforço, este sofrimento... Não seria melhor parar com os remédios de uma vez para o pobre do meu tio parar de sofrer?

Atentamente eu e o Nicanor escutávamos a conversa que estava num tom bem baixinho, mas dava pra ouvir. Fiquei enfurecido pensando: “Deixem o velhinho viver! Vocês só estão esperando ele morrer para me chutarem daqui! E eu como fico?”
Desanuviei e continuei:
“Que seja uma semana, um mês ou um ano, mas deixem a natureza completar o seu trabalho. Ela é sábia e sabe o que faz!”

Foi o que eu pensei na hora. Pensei, mas não podia dizer...

A sobrinha continuava:
- Isso é vida? É realmente vida? Uma alface tem mais vida que o meu tio, doutor!
- Mas... Minha jovem... – o médico ficou embaraçado.

Marilia inclina-se para frente e deixa aparecer seus belos seios. Notei logo - estou enfermo, mas, não estou inválido!

A expressão do rosto dela muda e a voz também, enchendo-se de ternura:

- Doutor, pense nas criancinhas. Milhares de criancinhas passando fome por aí. Já pensou quantas poderiam ser alimentadas com a fortuna que estamos gastando com o meu tio? Ele que está mais pra lá do que pra cá, cujo coração nem tolera mais a Composta?
Olhei para Nicanor e tive piedade. E por ela também. Parecia sincera. E um poeta não pode deixar de comover-se diante daquele altruísmo impotente:

“Aquela moça linda
passava por um sofrimento
não fazer a caridade
era o seu maior tormento.

E, no entanto pouco faltava
Para satisfazer sua intenção
Para o seu tio, melhor ficava
Se já estivesse no caixão”.

O médico despede-se sem poder o que fazer. A moça fica mais um pouco e logo depois sai.

“A moça vai
a noite cai;
é mais um dia que se vai...”

Na tarde seguinte quando o médico estava examinando Nicanor, entra Alfredo, seu cunhado e gerente de uma de suas fábricas.

- Então, Doutor? Como ele está?
- Nem bem, nem mal.
- Ele está melhor?
- Nem melhor, nem pior.
- E o coração?
- Assim, assado... Ele não está mais tolerando a Composta...

Alfredo sentou-se. Torceu com suas luvas nas mãos. Quis perguntar alguma coisa, mas teve um pouco de cautela. Hesitou. Por fim levanta-se e puxa o médico para um canto:

- Quanto tempo ainda, doutor?
Ele suspira e disse em voz baixa:
- Pode ser uma semana, um mês, um ano...
- UM ANO???
Alfredo bate nervosamente com as luvas na mão.

Afasta-se momentaneamente e vai até a janela. De lá mesmo, fala em voz baixa e sem expressão:
- Vou lhe dizer uma coisa, doutor. Acho que pouca gente ficaria triste com a morte dele.
- Como? – O médico fica indignado. - E os familiares? E os empregados de suas fábricas, para quem ele foi verdadeiramente um pai?
- PAI??? – ironicamente ri Alfredo – O senhor não sabe! Um carrasco, isto sim! Isto sim ele tem sido. Pagava baixos salários. Falava mal dos empregados. Punia todos a torta e a direita!

Nicanor, ouvia tudo atentamente e nem piscava.
Agora eram dos meus olhos que saiam lágrimas. Com o coração aflito compus:

“Não posso ver essa cena
As lágrimas saem em jorro
Como pode um doente
Ser tratado como um cachorro!”

O doutor, atônito, nem responde e sai.

“Alfredo sai
a noite cai;
é mais um dia que se vai...”

No outro dia à tarde, entra Maria, irmã do doente. Com as mesmas perguntas de sempre: “- Então, Doutor? Como ele está? - Nem bem, nem mal...”


Maria puxa o doutor para um canto e já vai direto ao assunto:
- Se a gente herdasse logo, doutor... Tenho um filho que vai cursar a Faculdade...

Justamente neste momento entra um jovem rapaz, cumprimenta o médico, intera-se do assunto e rouba as palavras da mãe:
- Minha mãe tem razão, doutor. Meu sonho é entrar na Faculdade de Medicina. Sou órfão de pai. Preciso de dinheiro para o cursinho, para os livros. Ajude-me, doutor! É no seu modelo que eu me inspiro e pretendo ser. Seja solidário com um futuro “colega” de profissão!

O médico fica horrorizado com a família e grita:
- FORA!!!
- Fora, seus abutres! Está faltando um pouco de amor em quase todos vocês!

O médico pegou sua malinha e saiu. Logo em seguida saíram os dois.

“Não, posso acreditar!” – disse-me Nicanor com os olhos.

Parecendo adivinhar o que Nicanor pensava, eu disse em voz tenra:
- Ora, Nicanor. Estão nervosos. Mas no fundo querem o teu bem.
“Será?” – seus olhos perguntaram-me.
“Vai ser!” – responderam meus olhos.

A enfermeira chega (eram duas: uma para o dia e outra para o plantão noturno) e começa a preparar a injeção da Composta. Logo em seguida, entra a sobrinha com os olhos cheios de lágrimas:

- Querido tio, estou arrependida! Que posso fazer por ti?
- Pode deixar, enfermeira – grita a sobrinha - que eu mesma vou aplicar a injeção no meu tio.
- Isso é trabalho meu – diz a enfermeira, secamente – Sai do meu caminho, faz favor.
Marília toma-lhe a seringa. Descontrolada e muito nervosa ela replica:

- Mulher estúpida! Bruxa! Não admito que meu tio neste estado tão doente, seja tratado por megeras desqualificadas como você. Ponha-se pra fora imediatamente!

A enfermeira sai ofendida revidando com palavrões e promete vingar-se e processar a família por danos morais, calúnias e difamações.
Marília aplica a injeção no tio, ajeita-lhe as cobertas, despede-se com um beijo na testa e vai embora.

Pouco tempo depois entra Alfredo:
- Estou arrependido, meu querido cunhado!
Arrependido e revoltado, pois havia encontrado a enfermeira no portão dizendo: “Ainda bem que não preciso mais aplicar injeção naquele velho, não faço mais nada...”. Alfredo estava indignado.
- Aquela enfermeira cretina não cuidava do senhor! Agora as coisas vão mudar. Eu mesmo cuidarei de tudo, até das injeções, assim como faço em uma de suas fábricas.
Pega uma seringa esterilizada e prepara a injeção da Composta.

- Gá, gá, gá, gá... – Nicanor apavorado tenta tirar o braço do cunhado.

- Prefere nas nádegas. Coitado! Deve estar com os braços arrebentados das injeções aplicadas por aquela enfermeira cretina.

Eu tento intervir:
- É que... – digo, timidamente.
- Cala a boca parasita! – berra Alfredo. – Contigo vou ajustar as contas depois.
Fiquei calado e vi Alfredo aplicando a injeção e sair.

Em silêncio vi Maria chegar. Ela morava em frente à janela do quarto. Entrou dizendo:
- Eu vi tudo, irmão! Da minha janela vi a enfermeira te espancando. Aquela ordinária! Pode deixar que eu vou te ajudar.
Aplica a injeção e sai. Logo em seguida entra o “futuro médico”, que andava seguindo a enfermeira. Pra ele, ela era gostosinha.

- Querido tio! Soube que a enfermeira não lhe aplicou a injeção e, além disso, não vai mais trabalhar aqui. Não se preocupe. Ela era incompetente. Além disso, frígida. Quem vai cuidar do senhor agora sou eu. O senhor vai ver como eu tenho prática.
E tinha mesmo. Em um minuto aplicou a injeção e saiu.

Chegou a enfermeira da noite e viu que na prancheta de anotações dos medicamentos não havia sido registrada nenhuma aplicação da injeção Composta.
Preocupadíssima logo preparou uma seringa e disse:
- Que vagabunda! Ganha uma fortuna e nem aplicou a injeção no pobre homem!


Quanto a mim, sempre não pude falar nada naquele quarto. Quando sarasse, preferia escrever e compor meus versos. Mas em atenção ao velho, eu murmurei algo para a enfermeira que saiu e não me ouviu.
“Aqui está frio. Eu estou com frio e o Nicanor também está com frio.”

Nem ela, nem ele me ouviram. Ninguém mais me dava atenção. Foi uma pena.

“Aqui está frio
E o Nicanor vai morrer
Não me causará arrepio
Quando ele falecer.”

“Não lhe deram remédio em líquido
Nem lhe deram remédio em pó
E nem quiseram me ouvir
Ao menos uma palavra só.”

“E assim morre Nicanor
De tanto tomar injeção
A ganância sem pudor
É de quem não têm coração.”

..

Eu Queria Falar Isso Pra Você

A impressão que sempre nos deu, é de que, quando alguma coisa dá errada, temos a nítida sensação de ter perdido algo. Pois; pode acreditar, perdemos mesmo. E a próxima sensação, tão logo imediata que o nosso subconsciente passa a reagir e ele próprio passa a admitir é de que temos a verdadeira vontade de xingar.
Xingar pra valer, colocar a culpa nos outros, brigar, chorar, encontrar alguém para nos defender com o nosso próprio argumento, sem se importar, se a culpa é nossa ou não, pois, uma demanda é algo que nunca pretendemos perder. Mesmo sabendo que estamos errados. Mas no nosso ímpeto, sempre pretendemos manter a mesma posição em que estamos. Subjetivando uma ação de puro orgulho, prepotência, IGNORÂNCIA, presunção, arrogância e muitas outras burrices que não saem, assim tão fácil da nossa mente.
E depois de passado um longo tempo, nós mesmos fazemos a seguinte pergunta: Porquê? Porquê aconteceu isso? Por que perdi isso? Ou aquilo? Aonde erramos? Será que a culpa foi minha? O que eu posso fazer para resolver?
Veja bem! São inúmeras perguntas que não encontramos respostas. Mas a necessidade, embutida com um monte de outros erros, nos fazem pensar que conseguiremos uma solução imediata. É puro engano. Dependendo do problema, algumas pouquíssimas coisas conseguimos resolver, e ainda assim não são definitivas. Outras coisas demoram muito, mas muito mais tempo do que pensamos que seja possível resolver. E outras virarão problemas ou então, “encargos” de que levaremos pelo resto da vida. Entenda que encargos não está relacionado à dívidas financeiras e muito menos a filhos(as).
Sejamos coerentes, pois nunca será possível, num “passe de mágica” recuperarmos as coisas que perdemos. Seja o que for. Temos que nos adaptar a uma nova realidade e aprendermos a viver de uma outra forma diferente.
Pessoas que vivem com rancores, mágoas e compaixões por qualquer tipo de perda, vive uma vida triste e mais difícil, e na maioria das vezes a tendência é piorar.
Precisamos ter sempre um apoio de alguém, pois não dá pra resolver as coisas sozinho e temos que nos apegar num ponto de partida, não importando quantas vezes teremos que recomeçar tudo de novo.
Pode ocorrer pela décima milésima vez uma falha no re-planejamento, mas na décima milésima primeira vez, pode ser que vá ser retomado o seu ponto de partida para reiniciar tudo de novo. O único problema que nós não aprendemos a aceitar é de que o ser humano tem pressa de ter as suas realizações e quando num determinado momento algo pode dar errado, a gente entra em desespero. E é um desperdício de energia, de tempo, de dinheiro “inclusive”, isso sem contar que, quando a gente precisa depender de alguém para nos ajudar a reorganizar as coisas, sempre aparece alguma(s) pessoa(s) que não é de confiança. Para ser mais exato: Pilantra, mentirosa, fingida, sem caráter, sem moral, sem sentimentos, sem escrúpulos, “vampiros”, que se aproveita(m) para arrebentar ainda mais a gente que se encontra em uma situação difícil, porque inocentemente tentamos acreditar em qualquer pessoa e esquecemos de acreditar no principal elemento que está envolvido neste processo.
Esta pessoa está no presente do singular da gramática da Língua Portuguesa: EU. Sem o “eu” funcionando, nenhum dos pronomes (tu, ele, nós vós eles) servirão o suficiente para nos dar ajuda. Mas não é uma regra geral. Apenas precisamos fortalecer o nosso EU, para que possamos traçar um novo, bonito e longo caminho, com a consciência de que iremos encontrar, com muita paciência, serenidade, perseverança, determinação, assim como a concentração de um filatelista, uma nova forma de tornar nossa vida mais bela e linda, encontrando na natureza, que nos foi deixada por Deus para admirá-la.
Apreciaremos o sol das manhãs, o canto dos pássaros, a fauna, a flora, uma forte chuva (do ponto de vista do espetáculo dado pelos relâmpagos e trovoadas), o vôo simples de uma colorida borboleta e depois de mais um dia ter dado certo, ao anoitecer admiraremos e escutaremos com atenção o som de um grilo, rangendo suas patas no jardim de nossas casas.
Paixão pela vida existe. Tanto na nossa como de nossas famílias, filhos, sobrinhos, netos, amigos verdadeiros, etc. Mas a principal paixão é pela nossa própria vida.
Concluindo: Somente o palhaço pode pintar o rosto pra viver!
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