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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Em Caso de Emergência, Não Aperte Qualquer Botão - Parte I

1ª Parte
“OBS: Este estória ocorrerá em março de 2015. Caso aconteça algo parecido, deverá ser uma mera coincidência, e se porventura isso possa ter acontecido no passado, eu não tive o menor conhecimento”.

Um rapaz alto, de 1,98m chega à entrada de um luxuoso edifício acompanhado de seus dois seguranças. Ao entrar anuncia ao porteiro do prédio.

- Bom dia! Eu preciso falar com o Sr. Wallace.

O porteiro recepcionista pergunta:

- Não será possível. O senhor tem hora marcada? Ele só atende alguém se tiver sido previamente agendado.

O rapaz, muda sua expressão de tranqüilidade, retira do bolso do paletó seu celular e faz uma ligação.

- Alo? Sr. Wallace! Sou eu, o Carlos, estou aqui na portaria e o homem da recepção disse que eu não posso entrar!

Segundos após, toca o interfone. O recepcionista atende já recebendo uma senhora bronca.

- Severino! Quando este cavalheiro, o Sr. Carlos Dionísio Fidúcio, comparecer aí você mande-o subir imediatamente. Está entendido?

Antes do porteiro dizer “Sim, senhor!”, o interfone foi desligado.

Severino, meio que desanimado, disse aos três, que por normas de segurança do edifício, iria apenas entregar o crachá de visitantes, sem a necessidade de preencher o banco de dados de identificação dos visitantes. Cada um pegou o seu e foram em direção ao elevador para ir ao escritório do Sr. Wallace, localizado no 17º Andar.

Carlos e seus dois seguranças, ao entrarem no elevador viram uma elegantíssima mulher ascensorista de aproximadamente 25 anos, loira, bem trajada, usando um terno feminino e com uma saia que estava acima dos joelhos, mostrando aquelas belas pernas. Educadamente ela perguntou em qual andar eles pretendiam ir. Um dos seguranças disse. Ela observou os três que também se trajavam elegantemente, com seus ternos de tom azul marinho, camisa branca de gola e punho bem engomada e gravatas vermelhas “tipo” italiana. Porém a mulher não entendeu porque o líder entre os três estava acompanhado de dois caras baixinhos. E realmente os seguranças do Carlos, eram pequenos demais para protegerem aquele homem. Um tinha no máximo 1,67m e o outro uns 02 centímetros, a menos.

Passado alguns instantes, no saguão do edifício vieram dois entregadores de gás. Como era rotina essa entrega, sendo sempre três vezes por semana, Severino que já estava acostumado chamou um dos seguranças do prédio e entregou a chave do portão da entrada lateral de serviços para os rapazes levarem os botijões de gás até a cozinha do edifício.

Severino pensou:

“Esses são legais, por que aqui no prédio o que não falta é “Doutor””.

Ao chegarem ao andar, agradeceram àquela linda loira. Um dos seguranças, sem que o Carlos percebesse, perguntou o seu nome e telefone. Ela disse bem baixinho e ele tentou memorizar de cabeça para não se esquecer de anotar na agenda do seu celular.

Ao tocar a campainha da sala nº 171, o Sr. Wallace os recebeu com alegria.

- Meu caro Carlos! É um prazer e uma honra recebê-lo aqui em meu escritório.

- O prazer é todo meu, Doutor! – respondeu Carlos.

- Deixe-me apresentar meus seguranças. Este aqui é o Tadeu e este outro rapaz é o Ricardo.

O Sr. Wallace, afetuosamente retribui seus cumprimentos.

- Muito prazer rapazes, eu sou o Dr. Wallace Wesley Willian, entrem, por favor.

Os três entraram e foram conhecer o escritório e ficaram admirados com as luxuosas instalações em que aquele escritório foi detalhadamente planejado. Era o único escritório construído, existente exclusivamente naquele andar.

Após as formalidades convencionais entre o oferecimento de água, café e chá aos três, servido pela sua secretária ainda mais gostosa, linda e elegante do que a ascensorista, o Dr. Wallace chamou os seguranças e disse para ficarem à vontade na sala ao lado. Como o projeto era altamente secreto o interesse estava restrito somente aos dois sócios.

Os rapazes foram para a outra sala que tinha de tudo: Um conjunto de sofás importados, tapetes felpudos de 04 ou mais centímetros, armários de mogno escuros embutidos, monitores de LCD, fixos à parede, DVD, Internet altamente veloz, belas pinturas emoldurados em quadros de madeira nobre, e centenas de revistas entre os mais variados tipos de publicações e assuntos, além de vários jornais de praticamente todo o mercado nacional. No banheiro que praticamente parecia um ambiente de motel, tinha de tudo: Banheira de hidromassagem, uma pequena sauna, torneiras folheadas a ouro, um gigante e cristalino espelho, etc. Só faltou ter ali uma cama redonda.

Os seguranças mal podiam acreditar que poderiam fazer o que quiser, pois com tantos atrativos que àquela sala dispunha, depois de um determinado de tempo, eles relaxaram tanto que até esqueceram-se de que eram seguranças.

Dr. Wallace, sempre num estilo de nobreza e discrição disse ao Sr. Carlos.

- Por que você contratou estes dois seguranças? Eles nem têm o porte físico para este ofício?

Carlos respondeu:

- Isso faz parte de uma estratégia. Contratei-os e encaminhei-os para fazerem cursos altamente sofisticados em toda a Europa, nos Estados Unidos e também cursos de aperfeiçoamento na Rússia. Quem os vê nem imagina que são seguranças, mas são altamente treinados. Só para o senhor ter uma idéia, eu pago do meu bolso semestralmente mais de três mil e quinhentos dólares para eles fazerem um curso de reciclagem e para aprenderem novas técnicas de defesa, não importando se há necessidade de utilizar a máxima tecnologia existente no mundo.

Dr. Wallace ainda indagou:

- Perfeito! Mas qual razão deles possuírem essa estatura baixa?

- Para não levantar suspeitas. Isso faz parte do nosso trabalho. Ninguém vai desconfiar que eles sejam seguranças e bem preparados. Já não está mais na moda contratarmos seguranças do meu tamanho. Isso já está manjado. No máximo, quando eles recebem uma missão designada por mim, as pessoas confundem, pensando que são estagiários de faculdades baratas.

Rindo, Dr. Wallace fez a sua própria piadinha...

- Também, quem sou eu pra falar? Tenho 1,59m, gordo, barrigudo, barbudo, uso óculos, calvo, com este resto de cabelos brancos, mais de 60 anos e ainda tenho que usar estes suspensórios senão, minha calça cai!

Carlos tentou disfarçar, mas não foi possível. Deu uma pequena risada, devido à aparência que o Dr. Wallace possuía.

- Muito bem, garoto! Mas vamos ao que interessa você trouxe o meu projeto?

- Claro doutor!

Instantes após, Carlos já havia ligado o seu Notebook ao projetor para demonstrar a apresentação do negócio que eles estavam envolvidos como sócios.

Carlos disse:

- No prazo máximo de dois meses estaremos implantando no mercado internacional a tão sonhada marca do nosso produto.

Dr. Wallace, ficando afoito, não via a hora de ver a apresentação que Carlos iria demonstrar no telão da parede do seu escritório, situado a direita da entrada principal do seu escritório.

Quando todos os equipamentos já estavam ligados apareceu no telão a tão esperada imagem.

Carlos teve um calafrio, e disse:

- Desculpe-me doutor, mas não é essa imagem!

- Estou vendo! Ela está horrível e não dá pra entender nada do que combinamos. Quem fez isso no projeto?

Carlos engoliu “a seco” e disse:

- Foi o estagiário. O Valdisney.

- Demita-o imediatamente!

- Sim senhor, perdoe-me pelo engano. Ligou instantaneamente para o Tadeu, que era o mais alto dizendo:

- Ligue para a Rose e diga que o Valdisney está demitido!

- Sim, senhor!

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