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quarta-feira, 17 de março de 2010

Arroz, Feijão, Paracetamol e Gelo

- O almoço está servido! – dizia minha mãe – Hoje têm: arroz, feijão, carne moída, batata, salada e etc.

Almocei normalmente, seguindo esta rotina diária nos últimos tempos, desde o dia em que acidentalmente caí da escada interna lá de casa, dia 05 de Fevereiro deste ano. Do acidente especificamente não vou abordar com muitos detalhes sobre esse assunto, pois não me traz uma lembrança boa. Mas aconteceu. Neste dia em casa depois que almocei, descansei um pouco no sofá e passado uns quarenta minutos, fui até o meu quarto para trocar de roupa pensando: “Vou buscar minha filha!”. Era uma sexta feira e ela passaria mais um final de semana comigo, como têm sido praticamente freqüente. Depois de alguns minutos, após trocar de roupas, ao descer a escada, escorreguei com o meu chinelo liso em um dos degraus da curva da escada interna da sala da minha casa e, graças ao carpete um pouco gasto, não deu outra! Levei um escorregão e caí pra valer no chão batendo o ombro direito no murinho lateral da escada. Levantei-me pensando que não tinha acontecido nada e segundos após senti uma imensa dor no braço direito. Acho que quando em me apoiei para levantar, o meu braço deu um sinal de que algo não estava normal. E não estava mesmo. Na queda bati com tudo o ombro direito neste “tal” murinho e aí "fudeu"! Senti uma forte dor no braço direito e gritei por socorro. Sem brincadeira!

Minha mãe estava na lavanderia e ao notar que eu estava praticamente gemendo assustou-se sem saber direito o que tinha acontecido. Eu descrevi resumidamente a cena e pedi para que ela pedisse por socorro, chamasse o resgate, pois na queda eu havia deslocado o ombro direito. E a dor estava intensa mesmo. Meu braço ficou esticado para cima e não havia como poder abaixar o braço. Na queda, depois que os bombeiros do SAMU chegaram em casa, notaram que em havia deslocado o úmero do meu ombro. Com uma técnica de primeiros socorros eles conseguiram manipular a articulação do meu braço direito e com dor, mas com muita dor, “colocaram” no lugar para eu poder ser levado ao pronto socorro. Foi um momento de agonia e tristeza que passou pela minha cabeça, pois em questão de poucos segundos, sem querer, por causa daquele acidente, minha rotina havia sido desprogramada para vários dias que se seguiriam adiante. E já dura mais de um mês e meio. E ainda vai levar um tempo para as coisas normalizarem. Não havia passado uma semana e novamente o úmero “saiu fora” do lugar de novo. Outra vez tive que ir ao pronto socorro, e foi uma repetição da mesma cena. “Temos que colocar o seu ombro no lugar!” – Dizia o ortopedista do PS. Outras faixas e imobilização no braço foram providenciadas, acompanhada sempre de muita dor e, também outros “raios-X” e injeções para verificar a gravidade da luxação. E desde aquele dia 05 de fevereiro, tem sido alterada esta minha “ingrata” rotina. Ingrata pelo fato de que, fiquei parcialmente inabilitado para fazer algumas tarefas tão simples, como: tomar banho, amarrar os sapatos, colocar uma camisa, comer comida, trabalhar, usar o computador e principalmente dormir. No começo é bem estranho e difícil acostumar-se com esta rotina esquisita, pois uma debilitação ainda que temporária de uma parte do nosso corpo, causada por um acidente, deixa limitada algumas funções do nosso dia-a-dia. Estou fazendo tratamento com um ortopedista e fisioterapeuta junto com uma “pancada” de medicamentos que inesperadamente começou a fazer parte desta rotina.

Eu já estava para escrever isso faz tempo. E não é um texto nenhum pouco legal. Mas me fez pensar em uma coisa importante. O mundo dos excluídos ou limitados, como por exemplo: cadeirantes, cegos, pessoas muito obesas, anões, pessoas com doenças crônicas que fazem tratamento e controle contínuo de diabetes, pressão alta, colesterol, tuberculose e outros tipos de doenças, sofrem com esta necessidade de tratamento, pois em alguns casos, eles irão dependem disso pelo resto da vida. E não é nada fácil.

Eu estava assistindo na TV e resolvi escrever sobre isso que faz tempo que eu pretendia dizer sobre esse assunto, mas não esperava que fosse tão logo. Estou conseguindo digitar um pouco mais rápido com uma mão só e treinando a mão direita, por causa do ombro, para adaptar-me ao que eu gosto de fazer (escrever nos meus Blog’s). No que eu me refiro à TV, que têm sido minha companheira diária de maior distração ou entretenimento é de que se hoje (dia 17 de Março de 2010) a cantora Elis Regina estivesse viva, completaria 65 anos de idade. E claro que as emissoras ou páginas da Internet não deixariam de prestar uma homenagem à esta fantástica cantora que contribuiu muito com a MPB aqui no Brasil e ela também ficou famosa no exterior. Daí veio a minha implicância. E não provêm de reclamação, frustração, desencanto, desilusão ou preconceito, porém, a maioria das pessoas que, assim que souberam que eu caí da escada lá de casa fizeram aquela pergunta automática: “Você estava bêbado?!?!” ou então perguntaram indiretamente para alguém da minha família.

Isso me deixou magoado, triste. Triste mesmo, pois, imagine que por causa de alguns segundos este acidente me deixará por uns três meses ou mais só para recuperar esta luxação. E a resposta é: - NÃO, eu não estava!

Mas deixa pra lá. Nós somos adultos e todo mundo chora quando algo dá errado ou quando ficamos tristes ou doentes. E sobre a Elis Regina que eu estava falando anteriormente, arrematou-me esta idéia de escrever sobre este acidente que aconteceu comigo.

E, essas são as minhas palavras:

“Se eu estivesse Bêbado, pelo menos eu deveria ter a obrigação de ser um Equilibrista!”

Mas quem sou eu pra falar sobre isso. Somos todos iguais e acidentes podem acontecer com qualquer um. Se aconteceu comigo, paciência. Então foi por isso que eu resolvi escrever sobre este assunto e dar este título nesta postagem deste Blog.

Arroz, Feijão, (misturas), Paracetamol e Gelo. Aliás, muito gelo. Só de gelo eu utilizo quatro vezes por dia para aliviar a dor muscular, os medicamentos como paracetamol, por exemplo, eu utilizo de 06 em 06 horas, e ainda preciso tomar uma fórmula feita em farmácia de manipulação que auxilia e ajuda bastante na calcificação óssea, juntamente com relaxante muscular, anti-inflamatório e anti-térmico. E é isso. Estou temporariamente afastado do meu trabalho, mas estou me recuperando, aos poucos, graças a Deus.

E como eu sempre termino sobre o que eu escrevo de uma forma em que, as coisas sérias não fiquem tão dramáticas, estou ficando “fera” no Paciência Spider, e também tive o privilégio de não ter que aprender a nova coreografia do inferno deste carnaval denominado: “REBOLEICHOM”. É isso mesmo. É assim que os compositores desta porcaria desse novo “hit” (acho que é assim que eles escreveram e deram o nome pra este novo tipo de porcaria de dança).


Aaaaarrrrghhhhh! – Cruz Credo. Pelo menos disso, eu tô fora!

2 comentários:

Zilda disse...

Como dizem: de td podemos tirar um aprendizado ou como vc fez uma reflexão: a difícil luta dos excluídos e limitados pela sociedade. É, só sendo equilibrista
mesmo.
bj
Zilda

Unknown disse...

Tenho certeza que este período de pausa (no trabalho e nas atividades mais simples) servem de aprendizado, contribui para seu crescimento pessoal. Volte Logo. Bjs. Monica

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